Lula defende redução da jornada para os trabalhadores do comércio

O presidente Lula disse não ser contra o trabalhador do comércio trabalhar aos domingos, porém foi categórico ao afirmar que “isso não significa que você tem que obrigar o cara a trabalhar todo sábado e domingo, proibir o cidadão de passar o final de semana com seus familiares”. O Sindicato tem feito uma ampla campanha pelo fim da escala 6×1, destacando que uma folga por semana não é suficiente.

Durante o lançamento do projeto que regulamenta a profissão de motoristas de aplicativos – garantindo uma série de direitos a esses trabalhadores – o presidente Lula afirmou que:

 

 

“Eu não sou contra o trabalhador do comércio trabalhar no domingo, porque muita gente só pode ir fazer compra no final de semana, ou depois das 19h, 20h da noite. Tem gente que não pode de dia. Mas isso não significa que você tem que obrigar o cara a trabalhar todo sábado e domingo, proibir o cidadão de passar o final de semana com seus familiares”.

Ainda segundo matéria do G1:

“Se você tem, na rede hospitalar, a gente que trabalha como plantonista, você pode criar uma outra categoria para os comerciários, para atender a demanda do usuário. […] Nós temos que resolver o problema dos comerciários. Os sindicatos não são contra de trabalhar no domingo, querem que as pessoas tenham uma jornada respeitada e um tratamento diferenciado para atender uma demanda extra que a sociedade precisa e que o dono do shopping precisa”, completou.

O Sindicato tem percorrido alguns dos principais centros comerciais da cidade levando a campanha pela redução da jornada, destacando a petição pública pelo fim da escala 6×1.

“Em todos os lugares temos conquistado um forte apoio dos trabalhadores, em especial do comércio, mas também de outras categorias que sofrem com a escala 6×1. Já estivemos com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, para apresentar nossa proposta. A declaração do presidente Lula vai ao encontro do que temos debatido. Esse é um tema urgente e que deve ser discutido por todos – empresários, governo e trabalhadores”, afirma Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.

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