Sindicato cobra regularização da jornada de domingo no Zona Sul

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Outros descumprimentos de leis trabalhistas e convenções coletivas são objeto de discussão entre Sindicato e empresa. Foto: Arquivo/ Comerciários

Na tarde desta quarta-feira (16/02), o Sindicato dos Comerciários do Rio recebeu representantes do Zona Sul, líder dos supermercados do Rio, com faturamento que chegou a R$ 1,6 bilhões no ano passado. A conversa foi sobre as muitas denúncias contra a empresa feitas por seus funcionários e a forma de resolver os problemas. 

Não é de hoje que recebemos reclamações dos trabalhadores do Zona Sul. Já fizemos várias ações de fiscalização nas lojas da rede, multamos diversas vezes e chegamos até a pedir a mediação do Ministério do Trabalho, porque a empresa vinha ignorando nossas convocações para dar explicações. Felizmente, o Zona Sul agora se apresentou para o diálogo e mostrou estar disposto a resolver os problemas. Eles indicaram que pretendem se reunir periodicamente conosco para tratar das denúncias e buscar soluções. Foi uma conversa bastante positiva”, contou o presidente do Sindicato, Márcio Ayer, que recebeu os representantes da empresa junto com outros diretores sindicais.  

Para além das denúncias postadas por funcionários a todo instante nas redes sociais, desde abril do ano passado o Setor de Denúncia do Sindicato já recebeu mais de 30 queixas formais de descumprimento de leis trabalhistas no Zona Sul. A maior parte das queixas diz respeito a desvio de função, assédio moral, não pagamento de passagens nos feriados, falta de higiene nos banheiros de funcionários, jornadas com carga horária excessiva, oferta de comida “passada” nos refeitórios, uniformes deteriorados e a concessão das folgas de feriados após três meses, quando o limite são 30 dias.

Domingos – Outra reclamação constante de funcionários de todas as lojas da rede são as jornadas de até dez horas de trabalho aos domingos, contrariando as convenções coletivas, que determinam jornada máxima de oito horas nesses dias, improrrogáveis, já incluindo o horário de almoço. Na reunião com os diretores do Sindicato, os representantes da empresa se disseram surpresos com essa denúncia em particular, pois acreditavam cumprir a convenção ao considerar oito horas de trabalho regular, uma hora de almoço e uma hora extra. Foram avisados de que terão que se adaptar para evitar novas multas e ações judiciais.

“Avisamos que não vamos tolerar comerciário trabalhando aos domingos além da conta. A empresa se comprometeu a focar inicialmente em três frentes de problemas: a regularização das folgas na escala 6×1, o respeito ao limite de duas horas extras diárias e também ao intervalo entre as jornadas, que deve ser de no mínimo 11 horas. Eles disseram que terão dificuldades para adaptar as escalas de trabalho, mas vão resolver. Vamos ficar em cima e cobrar, mas estamos otimistas”, disse o presidente Márcio.  

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