Na segunda rodada de negociação os patrões mostraram novamente que não pretendem ceder o reajuste merecido pelos trabalhadores. Foi apresentada uma proposta para pagar apenas 40% da inflação em maio, e mais 40% em novembro. Eles só podem estar de brincadeira, pois não querem nem mesmo dar o total da inflação.
“Mais uma vez recusamos de imediato a proposta. Ela não contempla sequer a inflação do período e não valoriza esses trabalhadores que se dedicam diariamente, enfrentando os supermercados cheios, com alta exposição ao coronavírus. Pedimos que os patrões repensem e mostrem que desejam conceder um reajuste melhor”, avalia Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
O Sindicato manteve a proposta original, aprovada pelos trabalhadores em assembleia, de aumento salarial de 10%. A inflação do período ainda não foi divulgada, mas deve ficar em 7,5%.
“Os supermercados repassam todos os aumentos para o preço final que vai para o consumidor. Isso a gente vê sempre quando faz compras. Tudo subiu de preço, principalmente os alimentos. Agora é hora de cobrar o reajuste dos funcionários, que merecem um salário melhor. Os trabalhadores precisam cobrar dos patrões para que esse acordo seja fechado o quanto antes e com um índice justo para todos”, finaliza Márcio Ayer.
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