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O terceiro dia de greve dos trabalhadores no comércio começou com uma paralisação parcial da loja dos supermercados Campeão, integrante da Rede Uno, em Irajá, na Zona Norte do Rio. A loja permaneceu com as portas abertas, no entanto, entraram para trabalhar apenas 30% dos 75 funcionários da loja, garantindo o mínimo exigido pela Lei de Greve em relação aos chamados serviços essenciais.
O Campeão foi escolhido por liderar o ranking das empresas que mais desrespeitam os direitos dos trabalhadores no comércio do Rio (leia mais). Não por acaso, os funcionários aderiram em massa à greve.
Durante a paralisação, o Sindicato recebeu informes de que os gerentes estariam ameaçando os funcionários, pelas redes sociais, caso continuem de braços cruzados. Imediatamente, a presidenta interina do Sindicato, Alexsandra Nogueira deu a resposta: “Se fizerem qualquer retaliação contra os funcionários, vão ter que se entender com o Ministério Público do Trabalho. Não adianta nos ameaçar. Trabalhador não é burro nem aceita palhaçada. Se o Campeão continuar com essa postura, na próxima vamos parar três lojas de uma vez”.
Em Campanha Salarial, os comerciários exigem 8% de reajuste e outras medidas para valorizar a categoria. Intransigentes, as empresas do setor oferecem apenas 1,5%, abaixo da inflação nos 12 meses anteriores à data base, que ficou em 1,69% segundo o INPC/ IBGE. Os patrões também querem inserir nas convenções coletivas de trabalho itens da reforma trabalhista que representam retrocessos para os trabalhadores, como a possibilidade de contratação de funcionários intermitentes, redução do horário de almoço para apenas meia-hora, e a criação da jornada de 12×36 com redução de salário. A negociação se arrasta desde maio.
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