Na tarde desta terça-feira (08/01), o prefeito Eduardo Paes realizou uma entrevista coletiva para adiar a implementação do Jaé para o dia 01 de julho.
Anteriormente previsto para fevereiro, a nova bilhetagem municipal, o Jaé, entraria em vigor no próximo dia 01 de fevereiro, quando os usuários só poderiam pagar passagem em ônibus municipais, vans e BRT com o novo cartão ou dinheiro.
“A situação continua uma incógnita. Ao mesmo tempo em que a prefeitura anuncia o prazo de migração e pede, inclusive, que as empresas se adaptem ao novo sistema, muitos pontos ainda estão sem explicação: e o saldo que já está no antigo cartão RioCard? Quais transportes irão efetivamente aceitar o novo cartão? Como serão as integrações entre os modais? Esta é uma preocupação, pois muitos trabalhadores vêm da Baixada e até de Niterói e São Gonçalo para trabalhar no comércio do Rio,” expressou preocupação Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
Apesar da mudança, o RioCard continuará sendo aceito no metrô, linhas intermunicipais, trens e barcas. A prefeitura diz que essa mudança tem o objetivo de aumentar a transparência, como os reais números de passageiros por linha, mas por hora, ainda não há alinhamento com o governo estadual de como será a integração entre os modais com o cartão Jaé e não há previsão de que o novo cartão seja aceito nos modais estaduais.
Em meio ao impasse entre prefeitura e governo estadual, a secretaria municipal de Transportes do Rio cobrou que o Metrô Rio instale os validadores do Jaé nas catracas das estações e não se pode esquecer que todas estas mudanças precisam garantir o acesso “ao benefício do Bilhete Único Intermunicipal (BUI)”.
Não menos importante, vale lembrar que a tarifa dos ônibus na cidade do Rio passou de R$ 4,30 para R$ 4,70, um aumento 9,30%, acima da inflação acumulada em 2024 até novembro e é a 16º mais cara do Brasil.
“São muitos trabalhadores que dependem de transporte público e integração barata para fazer o percurso casa-trabalho-casa. Muita gente tira dinheiro do próprio bolso para trabalhar e essa situação precisa ser resolvida e esclarecida para a população o quanto antes” pontua Ayer.
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