Nesta sexta-feira, dia 5, o Sindicato teve a primeira reunião de negociação da campanha salarial 2023, onde apresentou a pauta aprovada em assembleia pelos trabalhadores. Além da representação sindical, estavam presentes as seguintes entidades patronais: Fecomércio, Simerj e Sindfer.
O Sindicato cobrou o reajuste salarial com a inflação do período, mais 3% de ganho real. O índice do INPC (inflação) será divulgado no dia 12 de maio.
O presidente do Sindicato, Márcio Ayer, falou sobre os principais pontos da pauta e a luta pela melhoria salarial para os comerciários e o avanço das cláusulas sociais: “Apesar de ainda termos um cenário de dificuldades na economia, acreditamos que é possível avançar na questão salarial e conquistar mais direitos para os comerciários”.
A situação econômica brasileira ainda é muito difícil, afetando diretamente as vendas no comércio.
Em 2022, houve queda no volume de vendas na maioria das atividades do comércio, com um desempenho pior no estado do Rio de Janeiro, em comparação com o restante do país. Isso provocou a redução de trabalhadores empregados no comércio. De 2012 a 2021, houve uma forte redução da categoria, com a perda de mais de 65 mil empregos. Algumas empresas têm passado por dificuldades, com destaque para a situação das Lojas Americanas.
Os altos juros praticados pelo Banco Central também tornam a situação pior para o país. “Nesta campanha, também nos somamos à luta contra os altos juros, que reduzidos melhoram a economia, barateiam o crédito e aumentam o consumo e as vendas no comércio, abrindo caminho para uma maior valorização dos salários”, destaca Ayer.
Nesta primeira reunião de negociação, as entidades patronais informaram que vão analisar as propostas, válida para varejistas e atacadistas, exceto Sindromed, Sindilojas, Sindisider, Sincomac (cuja data-base é somente em setembro), gêneros alimentícios e atacadistas de gêneros.
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