Este ano não foi nada fácil! Mas assim como ocorreu no ano passado, em 2022, o Sindicato conquistou o merecido aumento salarial para todos os segmentos do comércio. O comércio varejista continua prejudicado pela inflação, alta dos juros, queda dos rendimentos e desemprego. Com isso, o resultado final foi de piora no último trimestre. Mas em um ano tão difícil para o país, com a economia ainda tentando se recuperar, consideramos que finalizamos o ano com saldo positivo para os trabalhadores ao garantir o aumento no salário e a manutenção de todas as cláusulas sociais na convenção coletiva.
O Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes representa diversos segmentos varejistas e atacadistas, negociando com 27 diferentes sindicatos patronais.
“A cada ano, a direção do Sindicato entra de cabeça na campanha salarial. Esse momento é importante no diálogo com os trabalhadores para levarmos suas reivindicações para os patrões. Por isso, sempre reforçamos a necessidade de participar das assembleias que definem a pauta anual e depois o fechamento da campanha, com a aprovação dos trabalhadores”, declara Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
Os reajustes dos trabalhadores do comércio conseguiram, em geral, recuperar a inflação. Em alguns casos foram fechados acordos com aumento, mais o abono salarial. Vale destacar que, segundo dados coletados pelo Dieese, a partir de informações do Ministério do Trabalho e Previdência, 41,5% dos reajustes ficaram abaixo da inflação no período de janeiro a outubro de 2022.
Situação brasileira
No ano de 2022, a situação brasileira não foi das melhores, apesar de uma leve mudança positiva por conta do fim das restrições causadas pela pandemia em 2020 e 2022.
A inflação desacelerou entre julho e setembro deste ano, por conta da redução no preço dos combustíveis, mas já voltou a subir em outubro.
A taxa de informalidade tem se mantido estável, em patamar bastante elevado, atingindo 39,4% da população ocupada. O número de trabalhadores informais chegou a 39,1 milhões.
A taxa de desemprego chegou a 8,7% no trimestre encerrado em setembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua), do IBGE. O patamar foi menor, seja na comparação com o trimestre anterior, terminado em junho (9,3%), seja em relação ao mesmo período de 2021 (12,6%).
Renasce o Brasil
O ano termina com uma expectativa de mudanças a partir da eleição de Lula, campanha que foi impulsionada por ampla mobilização popular e forte participação do movimento sindical.
É importante lembrar que, na reta final da campanha eleitoral, surgiram diversas denúncias de casos de assédio por parte dos patrões contra os trabalhadores para que não votassem em Lula. Tal situação foi imediatamente repudiada pelos sindicatos e centrais sindicais, o que ajudou na divulgação de tais fatos para o conhecimento da população.
Para impulsionar as mudanças em favor dos trabalhadores, o movimento sindical terá papel decisivo:
“O novo governo tem dado sinais positivos. Criou diversos grupos de trabalho para apresentar propostas que tragam melhorias para o povo. Também já se reuniu com as centrais sindicais e se comprometeu em retomar a valorização do salário mínimo acima da inflação. São medidas significativas e que trazem esperança para todos”, conclui Márcio Ayer.
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