Valor da cesta básica aumenta em 15 cidades, entre elas o Rio

O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 15 cidades no mês de julho, de acordo com a pesquisa nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Na cidade do Rio, o aumento foi de 0,34%, com a cesta básica custando R$ 621,34.

Cesta básica

“A inflação tem pesado no bolso dos trabalhadores, fazendo subir principalmente os alimentos básicos, como arroz, feijão e açúcar. Ao mesmo tempo, temos visto o aumento do gás, da luz e da gasolina, o que também impacta diretamente no nosso dia a dia. Enquanto isso, o governo federal debocha dos brasileiros e propõe um aumento do salário mínimo de apenas R$ 69, sem aumento real de acordo com a  própria projeção do governo”, critica Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.

As maiores altas no valor da cesta básica foram registradas em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%). A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 656,92), seguida pela de Florianópolis (R$ 654,43) e pela de São Paulo (R$ 640,51).

Ao comparar julho de 2020 a julho de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,81%, em Recife, e 29,42%, em Brasília. Nos primeiros sete meses de 2021, 14 capitais acumularam altas, com taxas entre 0,04%, no Rio de Janeiro, e 14,71%, em Curitiba. As reduções foram observadas em Belo Horizonte (-3,35%), Brasília (-1,60%) e Goiânia (-0,30%). 

Dieese: salário mínimo deveria ser de R$ 5.518,79

Com base na cesta mais cara que, em julho, foi a de Porto Alegre, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.518,79, valor que corresponde a 5,02 vezes o piso nacional, de R$ 1.100,00. 

O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em junho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o piso em vigor.

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