Rio decreta fechamento do comércio. Sindicato aciona justiça para garantir saúde dos comerciários

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A prefeitura do Rio determinou o fechamento de todas as lojas comerciais a partir desta terça-feira. Podem abrir apenas mercados, hortifrutis e farmácias. Os shoppings também devem ser fechados, funcionando apenas as praças de alimentação. A medida acompanha a decisão do governo do estado, que já havia determinado o fechamento dos estabelecimentos comerciais.

Entretanto, o decreto da Prefeitura autoriza mercados, hortifrutis e farmácias a funcionarem por 24 horas, o que vai contra a situação do momento em que a orientação é de ficar em casa para não se contaminar com o novo coronavírus.

“Não há justificativa para abrir 24 horas, isso vai contra a orientação das autoridades de saúde. Isso deixará os comerciários dos supermercados ainda mais expostos ao vírus, com os estabelecimentos lotados e sem qualquer medida de segurança para resguardar a saúde dos trabalhadores e dos clientes. O mais importante agora é que as pessoas possam ficar em casa, sem criar aglomerações. Felizmente, por pressão do Sindicato, algumas redes já reduziram seus horários de atendimento”, ressalta Márcio Ayer,  presidente do Sindicato dos Comerciários.

Sindicato aciona a justiça

Para garantir a saúde dos comerciários dos supermercados e hortifrutis, o Sindicato está acionando a justiça contra as empresas que não estão tomando as medidas necessárias para manter a segurança e a saúde dos trabalhadores. 

Supermercado 24 horas não resolve aglomerações

Os supermercados têm que fazer o sentido inverso e reduzir o horário de funcionamento porque seus trabalhadores estão sem transporte público, impossibilitados de fazer o trajeto casa/trabalho/casa. 

Para piorar, a Prefeitura tenta impor uma falsa agenda que obriga os supermercados a fazerem entregas domiciliares, o que mostra que o prefeito não pensou na situação de quem trabalha em supermercados. 

O Sindicato continua cobrando medidas para diminuir a presença dos clientes. Os mercados precisam  ter o controle de entrada e saída e evitar aglomerações, como também solicitar, por alto falante, que todos mantenham distância de pelo menos um metro umas das outras. Também diminuir seu efetivo para no máximo 30% dos funcionários e reduzir a jornada de trabalho. Liberar todos que pertencem ao grupo de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos e asmáticos e reduzir a jornada de trabalho. Além de fornecer água, sabonete, toalha descartável e álcool em gel.

O Sindicato também está cobrando a instalação de placas de acrílico nos caixas, separando o comerciário do cliente, mantendo uma distância segura entre eles. Essa é mais uma medida necessária neste momento para resguardar a saúde de todos.

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