Os trabalhadores dos supermercados e hortifrutis aprovaram, em assembleia, o reajuste salarial de 5,07% (inflação do período), que será pago em outubro, 2,5% retroativo também pago no mesmo mês e R$ 100 de abono a ser pago uma única vez até abril de 2020. Já os comerciários de shoppings, lojas de rua e demais segmentos rejeitaram as propostas feitas pelo Sindilojas e a Fecomércio.
“Foi um importante avanço na negociação com o patronal de supermercados e hortifrutis, que começou com uma proposta que sequer cobria a inflação do período, mas que o Sindicato rejeitou ainda na mesa de negociação”, destacou Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, durante a assembleia realizada nesta terça (20) no auditório do Sindicato.
Rejeição
Por outro lado, com os patrões dos outros segmentos do comércio, representado pelo Sindilojas e a Fecomércio, as discussões não avançaram de forma satisfatória, com recuo nas negociações sem dar um aumento que pelo menos contemple a inflação.
Na assembleia, os trabalhadores rejeitaram a proposta do segmento representado pela Fecomércio, que ofereceu o reajuste nos salários de 5,07% no piso da categoria e 3% para quem ganha acima, com o retroativo de 2,5%, mas apenas 3% nas cláusulas econômicas e abono de R$ 70,00.
Os trabalhadores também recusaram a proposta do sindicato patronal de lojas de rua e shoppings (Sindilojas), que apresentou o reajuste da inflação (5,07%) no lanche e o mesmo índice para quem ganha o piso, além de 3% de aumento para quem ganha acima do piso e 0% nas demais cláusulas econômicas.
Contraproposta
Para continuar negociando com a Fecomércio e o Sindilojas, os trabalhadores aprovaram uma contraproposta, autorizando o Sindicato a fechar o acordo no caso de chegar na inflação. Mas para obter essa conquista só com muita luta e mobilização dos comerciários.
“Agora, só com muita luta vamos avançar nesta proposta. Os patrões querem jogar duro e precisamos estar mobilizados. Vamos levar esse resultado aos sindicatos patronais. Não podemos aceitar perdas salariais, rebaixando os salários dos trabalhadores. Os comerciários precisam ser valorizados e um reajuste que não traga perdas é fundamental”, declarou o presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, Márcio Ayer.
Deixe um comentário