No dia 14 de novembro de 2018, a polícia cumpriu os mandados de prisão de Otton Mata Roma e outros três ex-dirigentes do Sindicato dos Comerciários do Rio. Os presos, acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, são os mesmos que foram destituídos da direção do Sindicato por fraudes e desvios dos recursos da entidade.
Segundo o Ministério Público, para permanecerem por quase 50 anos, numa gestão que passou de pai para filho, eles esquentavam as carteiras de trabalho e fraudavam as eleições sindicais. Tudo isso para manterem um esquema que desviou, só ao longo dos últimos anos, mais de R$ 100 milhões dos cofres da instituição.
Segundo Márcio Ayer, atual presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, a prisão de Otton Mata Roma e da sua quadrilha é a demonstração de que é possível fazer justiça. “Mais do que a prisão, queremos que eles devolvam aos cofres do sindicato cada centavo que tiraram para colocar no bolso.” Afirma o presidente.
Para Márcio, foi uma dura luta para trazer o Sindicato de volta para a categoria, mas valeu a pena porque a atual diretoria da entidade é a primeira gestão dirigida realmente por trabalhadores do comércio. “Temos trabalhado duro para a reconstrução do nosso sindicato. Um processo longo e difícil, pois para se ter ideia do tamanho do rombo, só em impostos atrasados herdamos um passivo de mais de R$ 45 milhões.” Explica o dirigente.
Segundo Márcio, a luta para manter os esquemas mafiosos longe da entidade ainda não acabou. “Nas eleições do Sindicato, a família Mata Roma apoiou uma das chapas perdedoras e ano passado tivemos que lutar contra o sindicato pirata SindSuper. Mas seguimos firmes na luta e de olho nos oportunistas.” Finaliza.
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