Vitória dos comerciários: MPT proíbe revista íntima

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Em mais uma vitória dos Comerciários do Rio, a Justiça do Trabalho decidiu que a empresa Plantage está proibida de praticar revista íntima. O Ministério Público do Trabalho (MPT) foi à Justiça, após receber relatos que descreviam as irregularidades e humilhações que ocorriam dentro do centro de distribuição, localizado na Taquara. A decisão exige ainda multa de R$10 mil por cada trabalhador que for submetido a revista proibida, a cada vez que ela acontecer.

A empresa, que comercializa e confecciona roupas, chegou a negar que a prática é abusiva e que havia qualquer tipo de contato físico durante a revista. Contudo, ficou provado com fotos e relatos detalhados que o estabelecimento obrigava os trabalhadores a levantar a camisa e as pernas da calça, expondo, assim, partes do seu corpo. Além de terem a barriga apalpada pelos fiscais, atingindo a direitos fundamentais dos trabalhadores.

“O fim da revista íntima é uma luta que travamos com as empresas desde a primeira Campanha Salarial. Conseguimos inserir na nossa CCT, para não restar dúvidas de que a prática estava proibida. Ainda assim tem empresa que segue constrangendo os comerciários. O Sindicato está aqui para fiscalizar e, quando for preciso, ir à Justiça em defesa dos trabalhadores. Ninguém sai de casa para ser humilhado, merecemos respeito”, comenta Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.

Descumprimento – Trabalhadores da Plantage lotados no centro de distribuição localizado na Estrada dos Bandeirantes, 1700, galpão 3, armazém 101, Taquara, Rio de Janeiro, RJ, é muito importante que vocês denunciem a empresa caso ela descumpra a decisão judicial. A empresa está proibida de promover, autorizar ou permitir revistas íntimas que importem na exposição visual de partes do corpo de empregados próprios ou trabalhadores que lhe prestem serviços em seu centro de distribuição. Caso a empresa insista nesta prática, será multada pela Justiça. Para isso, os trabalhadores precisam denunciá-la ao Sindicato (veja no próximo tópico como proceder) ou ao Ministério Público do Trabalho (https://peticionamento.prt1.mpt.mp.br/denuncia). O sigilo é garantido em ambos os casos.

Denúncia – Tem algo semelhante acontecendo na sua empresa? Denuncie pra gente! Acesse www.secrj.org.br/denuncias e preencha todos campos com cuidado. Informe apenas dados válidos, para que a gente possa entrar em contato para obter mais detalhes, caso seja necessário. Sem eles, não há garantia de que a sua denúncia será verificada. As denúncias são anônimas. Sua identidade será mantida no mais absoluto sigilo. Esperamos que a nossa equipe chegue aí o mais breve possível. Caso prefira, envie um email para denuncia@secrj.org.br

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