Depois de fechar lojas das redes Mundial, Guanabara, Campeão e Supermarket em diferentes pontos do Rio, a greve dos trabalhadores de supermercados paralisou na última quarta-feira (27/9) o atacarejo Assaí, em Bangu, na Zona Oeste. Aprovada de forma quase unânime pelos funcionários em duas assembleias (pela manhã por 47 x 2 e à tarde por 38 x ZERO), a paralisação foi mais um recado aos patrões. Os trabalhadores não aceitam reajuste abaixo da inflação, passar a ter só meia hora de almoço ou continuar sem o adicional de 100% pelo trabalho aos domingos.
“Os patrões de supermercados querem manter salários baixos e jornadas de trabalho massacrantes. Querem também um jeito pra dificultar nossas ações de fiscalização, mesmo encabeçando a lista de denúncias que chegam ao Sindicato. Sabe o resultado? É que a greve vai continuar. Cansou do esculacho? Acha que merecemos mais!? Entre em contato com o Sindicato, que o próximo mercado a parar pode ser o seu”, avisou a presidenta interina do Sindicato dos Comerciários do Rio, Alexsandra Nogueira, que chegou ao local acompanhada de vários outros diretores da entidade antes mesmo do dia clarear.
“O Assai faz parte do GPA, grupo que reúne também o Pão de Açúcar e o Extra. Com o faturamento de apenas uma loja eles pagam os salários da rede toda no Estado do Rio. Como é que não têm dinheiro para dar um aumento digno!?”, calculou e se indignou o secretário geral do Sindicato, Marcelo Black, em conversa com alguns dos quase 100 funcionários da loja. “Queremos ser valorizados. Como o padrão não nos dá valor, a greve continua, agora com foco nos supermercados, a começar por aqueles em que os trabalhadores estão mais organizados”, acrescentou o diretor do Sindicato Marcelo Max.
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