Saiu no jornal Extra desta segunda-feira (23/7): “As lojas de departamentos e supermercados poderão fechar as portas aos domingos, caso seja ouvida uma antiga reivindicação do Sindicato dos Comerciários do Rio. A entidade garante que não é um dia em que ocorra pico de venda. E lembra que o consumidor se adapta às mudanças. Em alguns estados, como o Espírito Santo, onde o funcionamento dos mercados aos domingos está suspenso desde 2008, as vendas não diminuíram e também não ocorreu desemprego’, argumenta a presidenta interina do Sindicato, Alexsandra Nogueira”.
Entrevista na CBN – A informação logo repercutiu e a presidenta também foi ouvida, em longa entrevista, pela rádio CBN. Ela listou outros dados contra a abertura aos domingos, que faz parte da pauta de reivindicações dos comerciários na Campanha Salarial 2018. Confira:
- Não gera empregos – Para a maioria dos supermercados, as vendas não compensam os encargos trabalhistas com a contratação de novos funcionários. É mais fácil aumentar as horas extras de quem já está na empresa. Quando muito são contratados temporários ou intermitentes, com direitos trabalhistas precarizados;
- Não aumenta vendas – Estudos científicos comprovam que a abertura dos supermercados aos domingos não aumenta o total das vendas. O que muda é o padrão de distribuição entre os dias da semana, com aumento das vendas aos sábados e domingos e redução às quintas e sextas-feiras;
- Sacrifica o trabalhador – Embora o comércio aberto seja uma comodidade para os consumidores, é preciso considerar que o conforto de alguns é pago com o sacrifício de muitos trabalhadores. Vale lembrar que o comércio é o setor com maior proporção de trabalhadores que excedem a jornada legal de 44 horas semanais;
- Prejudica mães trabalhadoras e seus filhos – É completamente diferente o acesso à creche das mães que trabalham aos domingos. Como a creche funciona de segunda a sexta-feira, fica estabelecido um problema para a mãe no cuidado de seus filhos durante os finais de semana;
- Prejudica convívio cultural e religioso – Para muitos comerciários há a questão religiosa, sobretudo para os cristãos. No respeito à liberdade religiosa e pelo bem comum de todos, devemos nos esforçar pelo reconhecimento dos domingos como dias sem trabalho no comércio. Até o papa Francisco já disse: “Mesmo que os pobres precisem de trabalho, abrir as lojas e outros negócios aos domingos como uma forma de criar empregos não é benéfico para a sociedade”.
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