Os patrões seguem empurrando as negociações com a barriga. Tivemos poucos avanços na última rodada de discussão, realizada na quinta-feira passada (12/7), quando os patrões demonstraram não ter pressa alguma para dar o merecido reajuste salarial da categoria. Eles também insistem em legalizar a escravidão no comércio com a aplicação da reforma trabalhista em nossas Convenções Coletivas. Pra piorar, só querem voltar a negociar em agosto.
Por isso o Sindicato vai fazer valer a decretação do ESTADO DE GREVE, legítimo recurso de luta dos trabalhadores, apoiando possíveis paralisações de lojas.
“Se os patrões querem fazer ‘operação tartaruga’ na negociação salarial, os comerciários também podem fazer o mesmo nas lojas e supermercados. Todos os dias conversamos com os trabalhadores e cada mais vez se percebe que a paciência está no limite. Tem muita raiva acumulada na categoria por causa da proposta de reajuste abaixo da inflação e de outros abusos no dia a dia nas lojas. A panela vai acabar explodindo nos próximos dias”, adverte a presidenta interina do Sindicato, Alexsandra Nogueira.
Junto à diretoria do Sindicato, ela lidera as negociações com lojistas (Sindilojas), supermercados (Sindigêneros) e outros dez ramos do varejo e atacado (Fecomércio) no Rio, além de comerciantes de Miguel Pereira e Paty do Alferes (Sicomércio).
Negociação ou greve! – Durante as rodadas de negociação, o Sindicato continuou nas ruas com a Campanha Salarial, informando sobre as negociações e convocando os trabalhadores para participar desta luta por mais direitos e valorização. Nesta quinta-feira, as equipes do Sindicato estiveram na Tijuca, Zona Norte do Rio, com a participação do presidente licenciado Márcio Ayer, que é pré-candidato a deputado estadual.
“Chega de enrolar a categoria! Ou eles antecipam as próximas rodadas já para os próximos dias, ou os comerciários vão começar a paralisar as lojas para ‘lembrar’ as empresas de que temos pressa e queremos ser valorizados. Convoco toda a categoria para se juntar ao Sindicato em defesa dos nossos direitos”, conclui ele.
Deixe um comentário