Di Santinni acerta o passo com a saúde do trabalhador

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Reprodução da internet.

Desde o ano passado o Sindicato dos Comerciários do Rio exige que a Di Santinni passe a cumprir a lei com a criação das CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes), que são obrigatórias para qualquer estabelecimento com mais de 50 trabalhadores.  Finalmente, a sapataria decidiu acertar o passo. No final de janeiro, fez a eleição dos membros da CIPA na loja de Campo Grande e, na próxima semana, vai eleger os representantes da loja de Bonsucesso.

“Agora os trabalhadores da empresa terão condições de ficar de olho nas condições de segurança. A Di Santinni tem 16 lojas no Rio. Mesmo nas menores, com menos de 50 funcionários, a empresa se comprometeu a designar um deles para se especializar em questões de saúde e segurança”, comemora o presidente do Sindicato, Márcio Ayer.

De acordo com as normas do Ministério do Trabalho (NR5), as CIPAs devem ter representantes indicados pelos patrões e outros eleitos pelos trabalhadores. Os funcionários escolhem seus “cipeiros” em eleições diretas, fiscalizadas pelo Sindicato. A empresa tem que dar aos “cipeiros” autoridade para encaminhar as soluções dos problemas encontrados. Quem é da CIPA têm mandato de um ano e pode ser reeleito, tem estabilidade e não pode ser demitido sem justa causa, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final do mandato. Também não pode ser transferido de local ou função sem concordar com isso.

Pé queimado A diretora sindical Daniele Moretti, que se dedica a acompanhar questões relacionadas à saúde e segurança do trabalhador, conta que o Sindicato vai dar treinamento para que as CIPAs possam melhor desempenhar suas tarefas. “Os cipeiros têm muitas atribuições. Precisam identificar riscos à saúde no ambiente de trabalho, propor soluções aos problemas identificados, bem como divulgar informações sobre segurança, promover campanhas de vacinação, etc. É preciso que sejam treinados para dar conta do recado”, comentou Daniele. “O treinamento será ministrado por técnicos em segurança do trabalho e representantes do Sindicato”, acrescentou o diretor Paulo Henrique da Silva, que também tem acompanhado várias eleições de CIPAs em outras empresas.

 

“É uma grande vitória, porque a empresa nunca discutiu essa questão. Também quero agradecer ao Sindicato por ter pressionado a firma a acabar com os descontos pelo ‘pé trocado’ (perda ou troca dos calçados nas embalagens) e ‘pé queimado’ (sapatos em vitrines que ficam danificados pela exposição à luz solar). Na última vez, fui descontado em R$ 400”, conta C.S.L, cipeiro eleito na loja de Campo Grande, que trabalha há cinco anos na Di Santinni.

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