Em reunião de mediação realizada na tarde desta quinta-feira (16/11), na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE) no Rio, o Mundial foi cobrado a apresentar uma contraproposta à pauta de reivindicações dos funcionários, aprovada em Assembleia na última segunda-feira (13/11). Os advogados da empresa argumentaram que ainda não tiveram tempo para analisar as demandas, entregues na véspera do último feriado, mas se comprometeram a trazer resposta na próxima quarta-feira (22/11).
Mantendo válidas todas as cláusulas da Convenção Coletiva (CCT) assinada entre o Sindicato dos Comerciários e os donos de supermercados, os funcionários do Mundial querem um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que contemple, dentre outras, as seguintes reivindicações:
- o fim do acúmulo e do desvio de função em todos os setores das lojas;
- a volta do pagamento do adicional de 100% sobre as horas trabalhadas aos domingos e feriados;
- acesso ao espelho de ponto;
- reenquadramento das caixas como “operadoras de caixa” ao invés de “atendentes”;
- instalação de esteira rolante nos caixas;
- concessão de pausa para lanche também para os trabalhadores de frente de loja.
“O patrão que continuar reduzindo direitos e benefícios aos mínimos estabelecidos nas convenções estará sujeito a enfrentar a reação dos trabalhadores. A mesma coisa em relação ao decreto que transformou os domingos e feriados em dias normais nos supermercados, sem pagamento de compensações aos funcionários. Quem levar essas medidas ao pé da letra, mais cedo ou mais tarde vai encarar a revolta”, reforçou o presidente Márcio Ayer durante a audiência.
Mundial em estado de greve – O movimento dos funcionários do Mundial começou com a decisão arbitrária da empresa de não mais remunerar os domingos e feriados com adicional de 100%. Em resposta, os comerciários iniciaram manifestações espontâneas em quase todas as lojas da empresa. Os protestos acabaram incorporando uma série de outras reivindicações. O Sindicato prontamente apoiou esse movimento e ajudou na sua organização. Em Assembleia realizada dia 13 na sede do Sindicato, mais de 700 trabalhadores do Mundial disseram NÃO à retirada de direitos e decretaram ESTADO DE GREVE. A paralisação poderá ocorrer caso a empresa não atenda as reivindicações.
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