Manifestações e revolta se espalham na rede do Mundial

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Os diretores Tânia Herthal, Rosangela Rocha, Jorge de Paula e a vice-presidenta Sandra Nogueira na filial do Mundial em Copacabana | Imagem: Rafael Rodrigues/Comerciários

 

Departamento Jurídico presente na filial de Copacabana do supermercado Mundial | Imagem: Rafael Rodrigues/Comerciários

 

Comerciários das unidades do Mundial da Cacuia, Rua do Matoso, Copacabana e Irajá iniciaram espontaneamente ontem uma série de manifestações e protestos contra as más condições de trabalho e baixos salários. Outras lojas também ameaçam aderir ao movimento, que protesta contra o acúmulo e desvio de função, corte das horas extras e dos adicionais de domingos e feriados, falta de transparência nos descontos dos contracheques dentre outros abusos.

O Sindicato, que considerou as reivindicações justas, realizou duas reuniões com os funcionários do Mundial, ambas na última segunda-feira (6/11), além de rodar todas as lojas para falar com aqueles que não puderam participar. Uma assembleia para definir os rumos do movimento será realizada na próxima segunda-feira (13/11), às 8h E ÀS 17h, na sede da entidade. Por isso, o Sindicato orienta que não se façam paralisações nas lojas até a assembleia. Isso evita que o movimento possa ser declarado ilegal. Além disso, o Sindicato já formalizou pedido de abertura de negociações com a empresa.

Denúncias de abusosNa reunião, os comerciários fizeram várias denúncias. “As empacotadoras são obrigadas a ir pro caixa, às vezes sem treinamento pra isso, e se tem algum prejuízo é a gente que paga”, denuncia a comerciária JMD, da loja da Cacuia. “Estou aqui há anos na mesma função e nunca tive promoção. Mas sou o tempo todo mandado trabalhar em áreas onde o salário é maior, sob ameaça de tomar advertência. É muita humilhação para um pai de família”, completa MSR, repositor em Copacabana.

Unidos e organizados “Essas injustiças estão há muito tempo engasgadas na garganta dos comerciários do Mundial, que ainda não sabiam como agir. Agora, em torno do Sindicato, o movimento vai ficar mais forte, unido e organizado. Aqui na loja de Copacabana estamos montando uma comissão de negociação. O primeiro objetivo é garantir a readmissão sem retaliações de uma funcionária demitida por participar das manifestações. Nosso jurídico já está chegando junto para garantir nosso direito de protestar”, explica Sandra Nogueira, vice-presidenta do Sindicato, durante a manifestação de hoje em Copacabana.

Márcio Ayer, presidente do Sindicato, também mandou seu recado. “Galera, a única chance de conseguirmos nossa vitória é unindo forças junto ao Sindicato. Por isso, é fundamental os comerciários do Mundial irem em peso à assembleia dia 13/11. Vamos lotar a assembleia, mostrar pros patrões que não estamos de brincadeira e decidir juntos os rumos da nossa luta!”.

Para facilitar a participação de todos, a assembleia ocorrerá em dois horários. Organize os colegas da firma e chega junto!

ASSEMBLEIA DOS FUNCIONÁRIOS DO MUNDIAL

DIA 13/11, ÀS 8H E ÀS 17H NA SEDE DO SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS

Rua André Cavalcanti, 33 – Lapa

Leve carteira de trabalho, o último contracheque e identidade

Trabalhadores fecham o Supermercado Mundial, em Copacabana | Imagem: Rafael Rodrigues/Comerciários

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