Ponto Frio: “seco, sujo e inseguro”, diz fiscalização

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Imagem: reprodução da internet

Na última quinta-feira (28/9), diretores do Sindicato foram à loja do Ponto Frio da Rua Uruguaiana, no Centro do Rio, apurar denúncias de irregularidades na eleição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), marcada para acontecer naquele dia. Os diretores verificaram que não houve a devida divulgação da eleição junto aos trabalhadores, como determina a legislação.

A votação aconteceu, mas sua validade será questionada pelo Sindicato junto à empresa. “Caso o procedimento não seja revisto, serão tomadas as devidas providências junto à Justiça e ao Ministério Público do Trabalho”, avisou o presidente do Sindicato, Márcio Ayer.

“Em uma loja sem CIPA, os trabalhadores ficam expostos a acidentes e outros riscos à saúde, como aqueles causados pela falta de água potável e das condições mínimas de higiene nos banheiros e refeitórios”, ressaltou o diretor do Sindicato Paulo Henrique da Silva, que acompanhou a fiscalização.

Falta d’água Não por acaso, foram encontrados uma série de problemas relacionados à segurança do meio ambiente de trabalho na loja do Ponto Frio na Uruguaiana. Um exemplo é a água utilizada nos banheiros e bebedouros, que é retirada de uma cisterna sem controle de qualidade, em péssimas condições de higiene, por bomba instalada dentro no banheiro dos funcionários (foto).

Também foram relatados problemas relacionados à falta de água em outras unidades do Ponto Frio e Casas Bahia, marcas da empresa Via Varejo. Na loja do Ponto Frio em Ipanema faltou água por cinco dias na semana passada, por causas não explicadas pela empresa. Na Casa Bahia da Rocinha o problema é crônico. Devido a uma dívida do dono do imóvel com a Cedae, a Via Varejo teria optado por fazer o abastecimento com a utilização de carros-pipa. Os funcionários relatam, no entanto, que muitas vezes falta água até para beber.

Vigilância “Fizemos questão de incluir a garantia de água potável e das condições de higiene no local de trabalho por meio de uma cláusula específica nas convenções coletivas. Muita gente achava que era de pouca importância, mas vem se mostrando algo fundamental. No Rio, o patrão nega até água ao trabalhador”, comentou o diretor do Sindicato Douglas de Freitas, que é também vendedor do Ponto Frio. O Sindicato encaminhou ofícios à Vigilância Sanitária para que as lojas da rede sejam fiscalizadas.

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