
O Sindicato do Comércio Varejista de Material Eletroeletrônico (Simerj) enfim aceitou as propostas dos comerciários e assinaram as convenções coletivas de trabalho (CCTs) para o biênio 2017/2018. As CCTs foram registradas pelo Sindicato dos Comerciários do Rio nesta segunda-feira (11/9) no Ministério do Trabalho. Garantem reajustes de 4% nos salários, 5,5% no piso salarial e 5,4% na garantia mínima dos vendedores comissionistas, percentuais acima da inflação, que ficou em 3,99% (INPC/ IBGE). As condições aceitas pelo Simerj (que representa empresas como Casas Bahia, Ricardo Eletro e Ponto Frio) são as mesmas daquelas acordadas na semana passada com o segmento lojista (Sindilojas).
“Foi um bom resultado quando consideradas as condições difíceis da economia, incluindo o desemprego em alta e as vendas em queda do comércio varejista. Buscamos ao máximo proteger os trabalhadores dos efeitos da reforma trabalhista e conseguimos evitar perdas salariais com reajuste acima da inflação”, comemorou o presidente do Sindicato dos Comerciários, Márcio Ayer.
Conquistamos na base do Simerj:
- manutenção de todos os direitos previstos nas convenções do ano passado;
- reajuste do piso salarial de R$ 1.090 para R$ 1.150 (5,5%);
- aumento da garantia mínima dos vendedores comissionistas de R$ 1.200 para R$ 1.265 (5,4%);
- reajuste em 4% dos salários;
- reajuste do piso de experiência de R$ 980 para R$ 1.034 (5,5%);
- reajuste do lanche garantido para quem trabalha aos sábados (após as 14h), domingos e feriados de R$ 17 para R$ 18 (6%).
Ganho real – Os reajustes terão vigência retroativa à data-base, em 12 de maio, e os valores retroativos poderão ser pagos em duas vezes, até o salário de outubro. Na comparação, considerada a inflação, os 4% de agora se equiparam aos 10% de 2016. Os menores salários este ano terão ganho real (acima da inflação) de 1,45%, próximo ao conquistado ano passado, que foi de 1,68%.
As CCTs assinadas com o Simerj também possuem cláusulas que exigem oferta de água potável aos trabalhadores e melhoria das condições de higiene do local de trabalho. Fixam ainda as regras para as jornadas aos domingos e feriados e banco de horas.
Supermercados – As negociações com os supermercados estão paradas há meses, por culpa do Sind$uper. O falso sindicato, criado por alguns patrões e sindicalistas de aluguel, tenta aprovar um acordo secreto escrito por essas empresas em assembleias de difícil acesso para os trabalhadores. O Sindicato dos Comerciários, verdadeiro representante dos trabalhadores de supermercados, luta na Justiça, no Ministério do Trabalho e nas ruas para derrotar o pirata Sind$uper e chamar os patrões para negociar um acordo verdadeiro e justo. Os trabalhadores de supermercados não aguentam mais esperar pelo reajuste! Vamos todos nos unir em torno do verdadeiro Sindicato para fazer com que as empresas escutem nossa voz: NEGOCIA, PATRÃO!
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