Foram meses de lutas, com inúmeras mobilizações e duas greves gerais que envolveram milhões de trabalhadores. A bancada de políticos progressistas também lutou de forma incansável até o último momento, o que levou a população a compreender o sentido da Reforma Trabalhista apresentada pelos golpistas que dominaram Brasília. Segundo o Datafolha, 64% dos brasileiros são contra as mudanças aprovadas nesta quarta-feira (12) no Senado.
Ainda assim, os políticos governistas continuam de costas para seus eleitores, fiéis às ordens daqueles que financiaram suas campanhas: banqueiros, gringos e outros ricaços. No Estado do Rio, lideraram essa traição parlamentares como Bolsonaro e Picciani. A lista completa dos deputados fluminenses vendidos você encontra aqui.
E agora? O que muda em nossas vidas? Quais as lições e tarefas que esse triste episódio apresenta para o povo trabalhador? Foram mais de 100 alterações na CLT. Em resumo, elas legalizam as fraudes trabalhistas, fazem você trabalhar mais, ganhar menos, perder as garantias de emprego e as proteções contra o desemprego. Pior, as reformas querem destruir nossa principal arma de defesa, que são os sindicatos e as centrais sindicais. Junto com a reforma da Previdência, ainda em votação, toda a riqueza que produzimos com nosso trabalho vai sair dos nossos bolsos para deixar patrões e banqueiros ainda mais ricos. Ficou bem mais distante o sonho de uma vida melhor para nossos filhos, com educação, segurança e saúde de qualidade.
Mas os trabalhadores e trabalhadoras não devem e não podem abaixar a cabeça. Não vamos aceitar reformas que são criadas por empresários e políticos que decidem hoje e saem algemados amanhã. Eles não têm moral e nem interesse para tirar o Brasil da crise. Querem, às nossas custas, apenas se safar dos prejuízos da crise e dos crimes que cometeram!
Para o povo fazer valer seus direitos, não tem outro caminho. Apenas nós podemos decidir nosso futuro, através de ELEIÇÕES DIRETAS JÁ, para que possamos eleger quem se comprometa a fazer reformas de verdade, que tragam justiça e paz ao Brasil. Exigimos:
- Reforma política que aproxime o poder do povo;
- Democratização da mídia e do Poder Judiciário;
- Retomada do investimento público para o desenvolvimento da economia;
- Criação do Imposto sobre Grandes Fortunas e cobrança das dívidas dos ricaços sonegadores;
- Jornada de 40 horas semanais, para gerar empregos e dar qualidade de vida aos trabalhadores;
- Fim da violência policial contra os pobres.
Essas e outras mudanças dependem da nossa união e organização. Mais do que nunca, é importante que você se filie e participe das lutas do seu sindicato (faça sua ficha aqui!). Converse mais sobre política em casa e no trabalho e, assim, ajude cada vez mais trabalhadores a participar das mobilizações pacíficas organizadas pelos movimentos sindicais e populares.
Erga a cabeça! Não aceite as reformas. Só unidos poderemos nos defender!
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