Na última reunião com representantes da Di Santinni, realizada no final de junho, o presidente Márcio Ayer e a diretora Daniele Moretti cobraram a criação de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) nas lojas da rede de sapatarias. Daniele, que vem se dedicando ao acompanhamento das CIPAs, explicou que embora o grau de risco da empresa seja baixo, há descarregamento e movimentação de produtos que requerem medidas de segurança.
A diretora citou como exemplo um descarregamento de mercadorias da empresa flagrado pelo Sindicato em Campo Grande, no qual os funcionários não utilizavam os devidos equipamentos de proteção individual (EPIs). A empresa, que na ocasião foi autuada, admitiu desconhecer a exigência, mas se comprometeu a se adequar à legislação com apoio do Sindicato. A rede tem 34 lojas, das quais 17 na cidade do Rio Janeiro, empregando cerca de 700 funcionários.
Mudança de papel – Todo estabelecimento com mais de 50 funcionários deve eleger sua CIPA, com representantes da empresa e dos trabalhadores. Lojas com equipes menores devem designar um funcionário para se especializar nas questões de saúde e segurança do trabalho, cumprindo o papel da CIPA. Essas e outras regras estão definidas na Norma Regulamentadora nº 5 (NR5) do Ministério do Trabalho.
“Na gestão passada, o Sindicato era um mero protocolador da documentação das CIPAs. Agora, passou a exigir o cumprimento de todas as regras da NR5 e acompanhar pra valer as eleições e atividades das CIPAs nas empresas”, explicou o presidente Márcio. “Neste trabalho percebemos, inclusive, que há alto grau de fraudes na composição das Comissões, que muitas empresas apenas fingem formar, além de uma enorme subnotificação dos acidentes de trabalho. Uma realidade que estamos trabalhando para transformar”, completou a diretora Daniele.
Nova reunião para avançar na discussão com a Di Santinni, de quem o Sindicato cobra também a adequação a outras regras trabalhistas, será realizada no próximo dia 19/7.
Deixe um comentário