Nova rodada de negociação com o Zona Sul

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Imagem: reprodução da internet

A diretoria do Sindicato dos Comerciários do Rio e representantes dos supermercados Zona Sul vêm realizando reuniões periódicas para tratar das denúncias feitas contra a empresa por seus funcionários. O último encontro aconteceu nessa quarta-feira (12/4), na sede do Sindicato, tendo como pauta questões como a escala de folgas 6 x 1 e a jornada de domingo dos funcionários da rede.

Em relação à escala de folgas, o Zona Sul diz que, após cobranças feitas pelo Sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho, vem se ajustando para conceder à risca o descanso semanal remunerado de todos os funcionários. Diz a empresa que agora, quando o funcionário é escalado para trabalhar no domingo é concedida uma folga no domingo anterior e outra na semana seguinte, de modo a garantir que o funcionário não tenha que trabalhar sete dias seguidos.

O principal impasse, no entanto, diz respeito à jornada aos domingos. O Sindicato defende que a mesma nesses dias seja de, no máximo, oito horas. Por seu lado, a empresa entende que tem o direito de exigir duas horas extras, desde que pague o adicional de 100% e não as considere no cálculo do banco de horas. De qualquer forma, o Zona Sul diz que já reduziu as jornadas dominicais. Estaria exigindo no máximo uma hora extra de seus funcionários, mas não de todos nem em todos os domingos, e que trabalha para reduzir ainda mais, até o limite de oito horas.

Mais acesso às lojas – Outras questões pontuais foram discutidas na reunião, com o compromisso de resolução por parte da empresa, como denúncias de irregularidades no controle de ponto e concessão de folgas, nas eleições das comissões internas de prevenção de acidentes (CIPAs), além de desvios de função e assédio moral. “Vamos reduzir a incidência desses problemas se o Zona Sul facilitar a entrada do Sindicato em suas unidades. Pois, dessa forma, teremos melhores condições para fiscalizar, descartar possíveis denúncias infundadas e esclarecer cada vez mais os trabalhadores sobre seus direitos frente a empresa”, cobrou o diretor jurídico Edson Machado. Os representantes do Zona Sul se comprometeram a levar a questão à diretoria da empresa.

A próxima reunião com o Zona Sul foi marcada para a segunda quinzena de maio. Nesse intervalo, o Sindicato já avisou que fará novas ações de fiscalização para verificar se os acordos encaminhados estão sendo realmente cumpridos pela empresa. Eles têm se mostrado dispostos a cooperar e certamente fica mais fácil resolver os problemas quando há diálogo com a empresa, mas a gente vai continuar em cima, fiscalizando as lojas e colhendo denúncias de trabalhadores”, comentou o presidente do Sindicato, Márcio Ayer. O presidente acrescentou: “Não tem mágica. A única forma do trabalhador se defender de abusos, fazer valer seus direitos e ampliar conquistas é fortalecendo o seu Sindicato. Quanto mais sócios e mais participação, mais conquistas e mais respeito virão”.

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