Papo reto do presidente do Sindicato, Márcio Ayer – O rolo-compressor que atropelou a CLT com a liberação da terceirização segue em marcha para tentar esmagar outras conquistas da democracia, como aposentadoria, férias, 13º salário, irredutibilidade salarial, salário mínimo, descanso semanal remunerado, FGTS e demais garantias previstas no artigo 7º da Constituição. Não aceitamos esse massacre e vamos resistir! Em parceria com entidades e movimentos reunidos na Frente Brasil Popular, usaremos tudo o que estiver à mão para emperrar a máquina infernal de Temer e seus aliados. É nas ruas que vamos barrar a reforma trabalhista, a reforma da Previdência e toda a agenda regressiva de direitos que vem sendo imposta pelo governo golpista.
Com as reformas, Temer quer pagar aos ricaços a fatura do golpe que o levou ao poder. Afinal, em paralelo ao papel político de livrar a cara de um monte de corruptos, o Golpe foi armado por dinheiro. Gringos, banqueiros e os setores mais atrasados do patronato sempre querem levar vantagem em cima de nós trabalhadores. Também estão interessados, de um tempo pra cá, em brecar os ganhos que tivemos desde 2003. Afinal, a grana que ia só pro bolso deles passou a melhorar também a vida das nossas famílias.
Os governos anteriores promoveram crescimento econômico e redução das desigualdades de duas formas: com estímulo ao consumo e muito investimento público. O país produziu mais e gerou empregos para quem mais precisava. Deu pra construir na laje, financiar casa própria e botar os filhos na faculdade. Pra vida continuar melhorando, o próximo passo seria diminuir a taxa de juros que o governo paga aos bancos pelas dívidas acumuladas há séculos. Afinal, enquanto a média mundial dos juros é de 2%, no Brasil eles estavam em 14%!
É claro que os bancos não gostaram e, para acabar com a nossa alegria, começaram a patrocinar a campanha do Golpe, arrastando junto seus sócios na iniciativa privada (aqueles do patinho amarelo). Mesmo com tantas medidas favoráveis ao comércio e à indústria tomadas até então, como isenções de impostos e redução dos juros, os ricaços queriam mais. Queriam o nosso sangue.
As agências de espionagem dos EUA deram uma ajudinha. Identificaram os focos de corrupção nas empresas estatais (todo governo ou organização humana tem sua banda podre) e, ao mesmo tempo, treinaram aquela turma da PF e do Judiciário que gosta de zoar pobre no Facebook. As informações levantadas por esta “força tarefa” – muitas das quais obtidas por meio de prisões ilegais, delações forçadas e investigações tendenciosas – caíram como uma luva no parlamento mais anti-popular de todos os tempos. Um Congresso que, com a honrosa exceção dos parlamentares progressistas, foi eleito com a grana que jorrou do bolso do Eduardo Cunha. O mesmo Cunha que comandou o impeachment, financiado pelas mesmas empresas que defendem medidas como a terceirização, com apoio dos mesmos deputados que hoje querem retirar direitos dos trabalhadores.
A bancada progressista resiste no Congresso, enquanto nós resistimos nas ruas. Participe das mobilizações contra as reformas trabalhista e da Previdência. Lute agora ou seja explorado para sempre!
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