Pelo segundo ano consecutivo, a nova diretoria do Sindicato dos Comerciários do Rio participou da Parada LGBT do Rio de Janeiro, na orla de Copacabana, que aconteceu no último domingo (11/12). O estande do Sindicato ofereceu atendimento jurídico gratuito aos participantes. O evento, que sofreu com cortes de verbas, foi vitorioso e manteve o tradicional ato político para apresentação das reivindicações dos LGBTs e a grande festa que contou shows das cantoras Ludmila, Lexa, Iza e da DJ Giordana Forte.
Os LGBTs comerciários comemoraram na Parada a inclusão, pela primeira vez, de uma cláusula específica para o segmento nas Convenções Coletivas Trabalho (CCT). A partir de agora os direitos nas CCTs aplicáveis aos cônjuges vão abranger também os companheiros de comerciários em relações homoafetivas. “Essa foi uma conquista importante para dar visibilidade à luta contra o preconceito dentro do ambiente de trabalho,” explicou o presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, Márcio Ayer.
Atendimento jurídico – Segundo o diretor do Sindicato Marcello Max, que também preside a seção carioca da União Nacional LGBT (UNA LGBT-Rio), o movimento passa por um momento muito difícil com ameaças de cortes de verbas em programas essenciais na luta contra o preconceito: “A PEC 55 é uma grande ameaça aos programas que atendem aos LGBTs. Os cortes podem acabar com ações importantes, como a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV/Aids. O momento é de luta e nós estamos prontos pra ela”.
No estande montado pelo Sindicato, muitos LGBTs comerciários fizeram questão de colar o adesivo “comerciárixs”, que já virou tradição no movimento. Advogados da entidade prestaram atendimento jurídico, com orientações especializadas sobre temas como, por exemplo, assédio moral no ambiente de trabalho, casamento gay e adoção de crianças por casais homoafetivos. Marcello Max destaca que o atendimento jurídico continua no Sindicato. “A comerciária e o comerciário têm assistência jurídica gratuita nas sedes e subsedes. Quem é filiado ao Sindicato têm ainda o direito a atendimento médico/ odontológico e à colônia de férias. Direitos também extensivos aos cônjuges das relações homoafetivas,” completou.
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