Balanço da fiscalização no Dia do Comerciário

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O presidente do Sindicato, Márcio Ayer (de azul), acompanha o fechamento de loja que funcionou irregularmente na Zona Sul do Rio. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários
O presidente do Sindicato, Márcio Ayer (de azul), acompanha o fechamento de loja que funcionou irregularmente na Zona Sul do Rio. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários

O Sindicato dos Comerciários do Rio realizou nesta segunda-feira (17) – Dia do Comerciário – uma grande operação, com 12 equipes em diversas regiões da cidade para fiscalizar o respeito ao feriado da categoria por parte dos comerciantes. Quase 70 estabelecimentos flagrados funcionando irregularmente, foram notificados e tiveram que liberar seus funcionários após o pagamento do dia de trabalho com adicional de 100%.

Apesar de tantas lojas flagradas abertas, a avaliação do Sindicato é de que o respeito ao feriado aumentou em relação ao ano passado. “Ano passado encontramos muitas lojas abertas, por isso decidimos aumentar o número de fiscais, que esse ano chegou a mais de cem pessoas. Também utilizamos carros de som em toda a cidade ao longo de toda a última semana, além de divulgar avisos em nossas redes sociais. O feriado faz parte, inclusive, das convenções coletivas de trabalho que acabamos de assinar com os sindicatos patronais. Não havia desculpa para descumprir, nem buscar qualquer tipo de acordo, como pagar hora extra para convocar a pessoa ao trabalho”, comentou o presidente do Sindicato, Márcio Ayer.

Nas lojas notificadas, as equipes encontraram muita compreensão por parte dos clientes, que foram autorizados a finalizar suas compras antes do fechamento completo dos estabelecimentos. Nas redes sociais, muitos comerciários saudaram a fiscalização do Sindicato, reconhecendo que a entidade, na atual gestão, voltou a se comprometer com a defesa dos interesses da categoria. Os trabalhadores do comércio também utilizaram a internet para fazer denúncias e ajudar as equipes de fiscalização a identificar as lojas que estavam abertas irregularmente.

Blitz – O Sindicato encontrou outras irregularidades no comércio durante o dia, como trabalhadores que não receberam o dinheiro para o lanche ou a passagem. Para a diretora sindical Daniele Moretti, que fez parte da equipe que atuou em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, a fiscalização é importante para fazer com que os patrões passem a respeitar os direitos dos trabalhadores. “Muitos deles contam ainda com o corpo mole que acontecia no tempo dos Mata Roma (família que durante 48 anos controlou o Sindicato, afastada em função de fraudes e desvios pela Justiça do Trabalho). Não entenderam que o Sindicato agora vai pra cima exigir que o comerciário seja respeitado,” destacou a diretora. 

Segundo a vice-presidenta do Sindicato, Alexsandra Nogueira, que também atuou na fiscalização na Zona Oeste, “muitos patrões flagrados no erro insistiam em dizer que os trabalhadores estavam ali por vontade própria e que ninguém foi obrigado a vir. Isso é uma balela. Todo mundo sabe que se não viesse trabalhar a perseguição e o assédio seriam muito piores”, comentou a dirigente.

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