Loungerie com irregularidades à mostra

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Reprodução da internet.
Reprodução da internet.

A grife de moda íntima Loungerie, que possui três lojas no Rio, trata suas trabalhadoras de forma indecente. Acionado por denúncias, o Sindicato dos Comerciários do Rio constatou uma série de irregularidades nas lojas da marca no Barra Shopping, Leblon e Shopping Rio Sul. Segundo as denúncias, as funcionárias sofrem assédio moral e a empresa não paga o descanso semanal remunerado das gerentes.

A fiscalização constatou que a empresa continua aplicando o Banco de Horas, mesmo com a convenção coletiva expirada. Verificou ainda que as funcionárias exercem funções que não constam nos seus contratos de trabalho, como vendedoras que lavam banheiro e fazem funções de caixa, e operadoras de caixa sendo obrigadas a realizar transporte de valores. Nesse último caso, colocando em risco a vida das funcionárias.

A advogada da Loungerie que veio ao Sindicato nessa sexta-feira (21) para prestar esclarecimentos tentou tapar o sol com lingerie e negou todas as denúncias. Pior, o jurídico da empresa teria orientado as gerentes a dificultar a fiscalização do Sindicato não entregando a documentação solicitada. “Trabalho há mais de 20 anos no comércio. Já me submeti a muita injustiça porque não havia um Sindicato atuante para defender meus direitos. Só que isso mudou e os patrões precisam se acostumar. Tentar barrar a fiscalização, como fez a Loungerie, é uma prática antissindical grave. Demonstra culpa no cartório. Não vai ficar por isso mesmo”, comentou indignado o secretário-geral do Sindicato, Marcelo Black, que também é vendedor da loja Reserva e participou da reunião.

“Fiscalizar as condições de trabalho no comércio é um direito garantido ao Sindicato pela Constituição. Vamos enviar denúncia ao Ministério Público do Trabalho e à Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE) para que a empresa seja multada. Também vamos pedir uma mesa de conciliação, para exigir que a Loungerie ajuste sua conduta. Se a empresa não passar a respeitar os direitos das funcionárias, pode esperar manifestações na porta de suas lojas”, disse o presidente do Sindicato, Márcio Ayer.

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