Americanas mete atestado para adiar reajuste do vale refeição

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Durante a audiência conduzida pelo procurador João Carlos Teixeira (ao fundo), a Dr. Beatriz dos Santos e o diretor do Sindicato Alessandro Furtado encaram os representantes da Americanas. Imagem: Jessé Andarilho/ Comerciários
Durante a audiência conduzida pelo procurador João Carlos Teixeira (ao fundo), a Dra. Beatriz dos Santos e o diretor do Sindicato Alessandro Furtado encaram os representantes da Americanas. Imagem: Jessé Andarilho/ Comerciários

Nova audiência foi realizada na manhã desta quinta-feira (9), no Ministério Público do Trabalho (MPT), para discutir o reajuste do vale refeição (VR) nas Lojas Americanas, cujo valor está congelado há 19 anos em R$ 4,35. O advogado da Americanas disse que a empresa tem uma proposta de reajuste, mas que a mesma não poderia ser apresentada porque o superintendente Rodrigo Martins teria passado mal durante a manhã.

O procurador do MPT João Carlos Teixeira estabeleceu prazo até o próximo dia 24 para que a empresa apresente a proposta.

Valor insuficiente – “Eles estão tentando empurrar com a barriga, o que é um absurdo, mas o que ronca mais alto é a barriga dos trabalhadores e trabalhadoras. Corroído pela inflação acumulada nas últimas duas décadas, o valor não dá pra nada. Sequer faz juz ao apelido de ‘vale-coxinha’, porque as coxinhas de frango no Rio já custam mais caro do que R$ 4,35”, protestou o diretor sindical Alessandro Furtado. Ele também é funcionário da Americanas e participou da audiência acompanhada pela advogada Beatriz dos Santos, coordenadora do Departamento Jurídico do Sindicato. “Vamos pressionar de todas as formas, judicial e extrajudicialmente, para que o VR seja reajustado o quanto antes”, acrescentou o diretor.

“O VR tem pouco impacto para a empresa, porque, desde que cumpra as regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), pode ter redução correspondente nos impostos. Então, não há crise que justifique esse valor ridículo, que nem de longe garante a alimentação de uma pessoa. Segundo levantamento da Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação para o Trabalhador), o ideal para atender às necessidades dos trabalhadores cariocas seria um tíquete por volta de R$ 33”, defendeu a diretora do Sindicato Darlana Morgana, que também é funcionária da Lojas Americanas.

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