Sindicato coloca patrão cara a cara com trabalhador

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Na imagem, o presidente Márcio Ayer, os montadores da Via Varejo , Carlos Eduardo e Carlos Kléber com o diretor Vinicius de Moraes. Foto: Juliana Portella/ Comerciários
Na imagem, o presidente Márcio Ayer, os montadores da Via Varejo Carlos Eduardo e Carlos Kléber e o diretor Vinicius de Moraes.  Foto: Juliana Portella/ Comerciários

O presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, Miguel Pereira e Paty do Alferes, Márcio Ayer, convocou na última terça-feira (11) uma reunião que colocou frente a frente trabalhadores e representantes dos donos da Via Varejo (Ponto Frio e Casas Bahia). Os montadores de móveis Carlos Eduardo Cunha e Carlos Kleber Antunes, que trabalham na Casas Bahia, tiveram a chance de apresentar pessoalmente suas reivindicações à empresa.

Participaram ainda da reunião, realizada na sede do Sindicato no Rio, os diretores sindicais Daniele Moretti, Vinícius Oliveira e Douglas de Freitas, que também são funcionários da Via Varejo.

Montadores, ajudantes e técnicos da empresa (que também é dona do Ponto Frio) estão há quase um mês em estado de greve, contra a retirada de direitos e benefícios por parte da empresa e contra a ameaça da terceirização dos serviços de montagem, que já vem acontecendo em outros estados do país.

Eles se queixam das más condições de trabalho, da queda da qualidade do plano de saúde, da redução dos valores da cesta básica e do tíquete alimentação. Pedem ainda a devolução de descontos indevidos feitos nos contracheques – problema que se repete em outros setores do grupo, em todo o país, supostamente devido à terceirização do setor de recursos humanos.  

Viva voz – “Nunca fomos ouvidos antes pela empresa. Estamos aqui para colocar todas as nossas reivindicações na mesa. Não aguentamos mais viver com essa dúvida sobre a terceirização”, desabafa Carlos Kleber da Silva, que trabalha no grupo Via Varejo há 5 anos. Ele disse que os montadores estão preocupados com a redução dos valores pagos pela montagem que, em alguns casos, chegou a 60%. E que os trabalhadores também pedem o aumento do valor oferecido pela empresa para custear gastos com transporte.

Na pauta de reivindicações, os trabalhadores exigem: esclarecimento sobre os problemas nos contracheques; devolução de todos os descontos irregulares; reajuste da cesta básica para R$ 200 (contra os atuais R$ 90, dos quais ainda são descontados em R$ 18); concessão de tíquete refeição de R$ 400 mensais (contra os atuais R$ 4,50/ dia); melhorias no plano de saúde e garantias para os montadores de móveis das empresas.

Paciência no fim – Os representantes dos patrões disseram que a empresa não vai terceirizar o setor de montagem esse ano, pelo menos não nos municípios do Rio de Janeiro, Paty do Alferes e Miguel Pereira, base do Sindicato. No entanto, quanto às demais reivindicações dos trabalhadores, ainda não houve avanço. Pediram paciência aos trabalhadores e à diretoria do Sindicato, prometendo retomar as negociações no próximo mês após ouvir os donos do negócio.

Só que a paciência dos trabalhadores já está pelas tabelas. Os montadores já haviam decidido a paralisação das atividades. Agora, estão dispostos a usar de todos os instrumentos para aumentar a pressão sobre a empresa.

Para mais informações, mande um zap (21) 96697-5260 e participe do grupo da Via Varejo.

 

 

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