Arrastão comerciário em Copacabana

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Diretores do Sindicato e comerciários durante a caminhada em Copacabana. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários
Diretores do Sindicato e comerciários durante a caminhada em Copacabana. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários

A diretoria do Sindicato voltou as ruas do Rio para chamar trabalhadores e trabalhadoras do comércio a participar da Campanha Salarial. Na manhã dessa quarta-feira (9), a caminhada foi na Av. Nossa Senhora de Copacabana, centro nervoso do comércio da Zona Sul. Com bandinha, apitos, panfletos e bandeiras os diretores lembraram aos comerciários a importância da participação massiva da categoria na Campanha como instrumento de pressão sobre os patrões.

“O Sindicato precisa do apoio dos companheiros e companheiras que estão nas lojas. Tem gente que fica só reclamando do patrão ou então fica só na torcida para que o Sindicato resolva todos os seus problemas, mas não é assim que a banda toca. Estamos aí para organizar a luta, mas sem coragem e participação do trabalhador, pouco vai acontecer. Vem pra luta, pessoal! Patrão só abre a mão na base da pressão!”, conclamou o presidente Márcio Ayer.

“Tem que melhorar porque no comércio tá tudo errado. Contracheque montado, eles pagam por fora, não pagam hora extra, feriado, repouso remunerado. Eles não dão benefício nenhum, como vale alimentação, só o vale transporte é que é obrigatório. Nós ficamos mais de 40 anos com um sindicato que ninguém confiava, porque quem estava no poder era uma família que não lutava pela gente, era conivente. A gente tá acreditando em vocês, vocês estão fazendo uma campanha muito bonita. Os comerciários têm que apoiar e participar, pra gente mudar esse jogo. É verdade que o patrão só abre a mão na base da pressão, porque pra ele sempre vai tá ruim, nunca vai tá bom”, abriu o coração J.C., vendedor de uma sapataria, com quem Márcio conversou durante a caminhada.

Cobranças – Durante a caminhada, os diretores fizeram cobranças pontuais aos patrões em frente aos estabelecimentos por onde passaram. Aos proprietários da rede Aidan Festas e Cia., por exemplo, o secretário-geral do Sindicato, Marcelo Black, alertou ao microfone: “Queremos fazer uma nota de repúdio aos donos da Aidan pelos maus tratos aos funcionários. O Sindicato mudou. Estamos de olho. Tive a oportunidade de entrar nessa loja e vi que condições de trabalho que são irregulares. É inadmissível para os comerciários e comerciárias do Rio de Janeiro. Caso a empresa não ajuste sua conduta e resolva esses problemas, vamos buscar a Justiça”.

Cobranças parecidas aconteceram em frente às lojas das grifes Folic, que deve verbas rescisórias a mais de 400 trabalhadores demitidos, e Andarella, que também deve direitos rescisórios a ex-funcionários. “Estamos apoiando todos os funcionários dessas empresas. O Sindicato está acompanhando na Justiça para garantir que os trabalhadores e trabalhadoras demitidos na Folic e Andarella recebam tudo o que têm direito. Também nos preocupamos com aqueles que continuam trabalhando nessas lojas. Caso aconteça qualquer injustiça, entrem em contato conosco”, acrescentou a diretora Ana Paula Costa.

Subsede – O presidente Márcio Ayer aproveitou ainda para anunciar que, no início de abril, deverá ser inaugurado o Núcleo de Assistência Sindical (NAS) de Copacabana, para melhorar o acesso dos trabalhadores do bairro à assessoria jurídica, sindicalização, homologação e outros serviços oferecidos pelo Sindicato.

As mobilizações para entrega da pauta de reivindicações aos sindicatos patronais continuam. Confira a agenda:

  • 10/3 (quinta), às 10h em Madureira, entrega da pauta ao Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (SindiGêneros);
  • 11/3 (sexta), às 10h no Calçadão de Campo Grande, entrega da pauta ao Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico, Eletrônicos e Eletrodomésticos do Rio de Janeiro (Simerj);
  • 15/3 (terça-feira), às 10h na Taquara, entrega de pauta ao Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismo, Ferragens, Tintas, Louças, Vidros e Materiais para Construção a Varejo do Município do Rio de Janeiro (Sindfer).

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