A diretora do Sindicato dos Comerciários, Janaína Maia, foi ouvida em audiência na tarde desta terça-feira (26) pela procuradora do trabalho Carina Bicalho, que preside o inquérito civil que investiga fraudes das empresas donas da grife Folic. A procuradora reúne informações sobre as ações trabalhistas ajuizadas pelo Sindicato para buscar o pagamento das dívidas da Folic com mais de 400 trabalhadores demitidos.
Ex-funcionária da Folic, a diretora Janaína informou que a empresa dispensou quase todos os empregados sem fazer o pagamento das verbas rescisórias. A maioria sequer conseguiu sacar todo o dinheiro a que teria direito no FGTS, porque os depósitos no Fundo deixaram de ser feitos pela empresa entre 2013 e 2014. Processada por esses trabalhadores, a empresa fez acordos judiciais para o pagamento, mas os descumpriu.
Janaína informou ainda que, em setembro do ano passado, o Sindicato chegou a abrir negociação com um dos donos da Folic, Johan Reckman, que se comprometeu a apresentar um plano de pagamento das dívidas com os trabalhadores. Na época, o advogado da empresa disse que o total devido estava em torno de R$ 3 milhões. No entanto, após adiar várias vezes a apresentação do plano, a Folic deu para trás
“Com a intermediação do Ministério Público do Trabalho os demitidos da Folic começam a enxergar uma luz no fim do túnel. A procuradora já reuniu elementos para demonstrar à Justiça que a empresa age de má fé para não pagar o que deve aos trabalhadores. Conheço gente que trabalhou lá por quase 20 anos e saiu sem receber nada. Além da via judicial, vamos intensificar as manifestações para mostrar a todos que a Folic é uma empresa pirata, que não respeita os direitos dos funcionários e ainda se julga acima da lei. A batata deles está assando”, comentou Janaína.
E você, vai continuar comprando na Folic?
Imagem: Rafael Rodrigues/ Sindicato dos Comerciários do Rio
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