A seção municipal da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (UNA LGBT-Rio) foi fundada nessa segunda-feira (30) na sede do Sindicato dos Comerciários do Rio. A assembleia de fundação, convocada pela diretora nacional da UNA LGBT, Danieli Balbi, elegeu ainda o presidente e o secretário-geral da entidade no Rio. Os comerciários Marcelo Max e Carlos Vagner, que são diretores do Sindicato, foram, respectivamente, escolhidos por unanimidade para os cargos. Ambos se comprometeram a honrar a carta de princípios da UNA e a combater a homofobia e transfobia no cenário municipal, estadual e nacional.
“A fundação da UNA vem trazer fôlego ao movimento LGBT, que passa por um período conturbado no Congresso Nacional com o avanço do conservadorismo e dos obstáculos colocados pela bancada fundamentalista religiosa. Na área do trabalho e emprego, ainda há muito a se avançar. Os preconceitos e discriminações perpetrados pelas empresas ainda são grandes entraves para o acesso de LGBTs ao mercado de trabalho!”, afirmou o presidente da UNA LGBT-Rio e diretor do Sindicato dos Comerciário do Rio, Marcelo Max.
Com a presença de sete diretores do Sindicato, a assembleia também contou com ativistas do movimento sindical e simpatizantes da causa, que relataram suas experiências em relação às opressões sofridas, não somente por eles, mas também por amigos e familiares. “O preconceito é tão forte e entranhado na sociedade que mesmos os heterossexuais sofrem com a homofobia. Pais e filhos, amigos e amigas do mesmo sexo, por exemplo, não podem manifestar afeto publicamente porque correm o risco de serem discriminados violentamente”, lamentou o presidente do Sindicato, Márcio Ayer.
O movimento não para – As direções municipais estão tomando posse para que, em breve, a fundação da UNA LGBT estadual aconteça. Os integrantes da entidade também já estão participando das conferências municipais LGBT, que nomearão delegados(as) para as etapas estadual e nacional.“A UNA é fruto do acúmulo da atuação de seus membros no movimento LGBT, cuja necessidade de fundação se dá com o intuito de superar o divisionismo ainda presente dentro das ‘frações’ deste segmento. Além disso, procuramos avançar na compreensão da relação entre o cerceamento que sofre esse segmento e a estrutura injusta e desigual que fundamenta a sociedade de classes, que impede o desenvolvimento da força de trabalho por uma parcela reduzida para apropriar-se de seu produto”, finalizou a diretora nacional Danieli Balbi.
Além dos já mencionados, também participaram da fundação da UNA LGBT-Rio os diretores do Sindicato José Cláudio de Oliveira, Marcelo Black, Edson Machado e Tânia Herthal.
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