Sindicato apresenta reivindicações dos trabalhadores à Tele-Rio

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O presidente da Tele-Rio, à direita, entre o presidente Márcio Ayer e os diretores Edson Machado e Sônia Moraes. Imagem: Rafael Rodrigues/ Sindicato dos Comerciários do Rio
O presidente da Tele-Rio, à direita, entre o presidente Márcio Ayer e os diretores Edson Machado e Sônia Moraes. Imagem: Rafael Rodrigues/ Sindicato dos Comerciários do Rio

O dono da Tele-Rio, Carlos Alberto Pereira de Sequeiros, atendeu à convocação do Sindicato dos Comerciários do Rio e participou, na manhã desta terça-feira (10), de reunião com diretores e advogados da entidade. O empresário foi provocado a apresentar soluções para várias irregularidades que atingem os funcionários da rede de eletrodomésticos. Participaram do encontro o presidente Márcio Ayer, o diretor jurídico Edson Machado e a diretora Sônia Moraes, que também é vendedora da Tele-Rio.

O Sindicato investiga uma série de denúncias de desrespeito aos direitos trabalhistas na Tele-Rio, incluindo jornadas de trabalho acima do limite permitido por lei; o não pagamento de horas extras e adicional noturno; e o acúmulo de funções dos vendedores, que são obrigados a permanecer no local de trabalho após o expediente para descarregar os caminhões da empresa. Algumas dessas operações irregulares de descarregamento foram, inclusive, flagradas e interrompidas pela equipe de fiscalização do Sindicato após denúncias dos funcionários da rede.

Outro problema identificado é o desconto ilegal nos salários dos funcionários pelos roubos de mercadorias. “Vendedores e gerentes são descontados mensalmente pelo valor das mercadorias roubadas. Estou pagando em dez parcelas a minha parte dos R$ 18 mil de prejuízo apurado no balanço feito no fim do ano passado na loja em que trabalho”, relatou a diretora Sônia Moraes.

Exigências e soluções – Na reunião com a diretoria, Sequeiros admitiu as irregularidades, disse que gostaria de atender todas as demandas dos trabalhadores, mas teme correr o risco de fechar as portas das lojas com a ampliação dos custos da empresa. “Entendo tudo o que vocês estão falando, mas não sei de onde tirar”, disse o empresário.

“Entendemos que a solução dos problemas vai gerar custos para a empresa, mas precisamos buscar formas de reduzir o incômodo e a insatisfação vivenciada pelos funcionários da Tele-Rio”, respondeu o presidente Márcio Ayer. “Se houvesse maior flexibilidade da empresa em algumas questões, a insatisfação e a revolta seriam menores”, complementou a diretora Sônia. O Sindicato exige o fim desses descontos já no próximo contracheque, mudanças no procedimento de descarregamento e estoque, e alterações contratuais para que os auxiliares administrativos possam assumir funções de estoquistas e expedidores. Os diretores buscaram convencer o empresário de que as mudanças vão reduzir a insatisfação dos trabalhadores e, consequentemente, melhorar a performance de venda das empresas.

O dono da Tele-Rio se comprometeu a apresentar uma proposta nos próximos dias.

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