O diretor do Sindicato dos Comerciários Marcelo Max esteve em São Paulo na última sexta-feira (16/10), junto a mais de 400 ativistas de 19 estados brasileiros, para fundar a União Nacional LGBT. O evento aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo e contou com a presença de parlamentares e representantes de diversas entidades dos movimentos sociais. O encontro antecedeu o I Encontro Nacional LGBT da União da Juventude Socialista (UJS).
“É muito importante que comerciários tenham uma representação junto aos fóruns e entidades que se proponham a discutir direitos e políticas públicas para o segmento LGBT. A promoção da cidadania desta população e o combate à homofobia são desafios para nossa gestão. O Sindicato estará presente nesta luta”, explicou Marcelo Max. Segundo o diretor, a UNA-LGBT é uma organização pluripartidária, aberta, laica e democrática, que visa lutar em todos os setores da sociedade para alcançar a cidadania plena para todos e todas.
Durante o encontro, a entidade aprovou uma carta de princípios, um calendário de lutas para 2016 e as principais bandeiras combativas da UNA-LGBT, como a defesa das diferentes famílias e o combate da lesbo/homo/transfobia. Andrey Lemos foi eleito presidente da entidade.
Leia a íntegra da carta de princípios da entidade
“Carta de princípios – UNA LGBT
A sociedade civil organizada, composta por mulheres e homens, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais de todo território brasileiro, reunidos(as) para a fundação da UNA-LGBT (União Nacional LGBT), na cidade de São Paulo – SP, em 16 de outubro de 2015, como instrumento de luta pela emancipação política e humana ao defender idéias no campo da consciência de classe e de garantia de direitos, aprovam os seguintes princípios norteadores desta entidade:
Enfrentar o machismo, o racismo, a lesbofobia, homofobia, bifobia e transfobia, em todas as suas formas de manifestação, particularmente as ações sistêmicas que impedem o usufruto pleno dos direitos de cidadania de mulheres e homens com diferentes orientações sexuais e identidades de gênero.
Enfrentar todas as formas de discriminação de gênero, sistêmicas ou não, particularmente aquelas que afetem as mulheres lésbicas, travestis e transsexuais.
Enfrentar a exploração de classe em todas as suas manifestações, colocando-se ao lado dos interesses das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Defender intransigentemente a livre orientação sexual e às diferentes identidades de gênero.
Solidarizar-se com a luta de todos os movimentos sociais e populares que se colocam no campo progressista.
Solidarizar-se com a luta dos oprimidos em todo mundo. Travar contato e estabelecer alianças para a luta com organizações LGBT nos diversos países.
Promover, a partir da concepção da emancipação política e humana, rupturas no sistema capitalista ou aprofundar as já existentes a partir de ações que incidam sobre o imaginário coletivo de toda a população.
Desmistificar os padrões construídos e naturalizados na sociedade através do desenvolvimento do capitalismo.
Apresentar à população LGBT e a população em geral um novo modelo de sociedade solidária, equânime, igualitária e livre de opressões, a sociedade socialista. Nós, militantes da UNA-LGBT, em território nacional, declaramos publicamente que defenderemos estes princípios de forma consciente e voluntária, como parte de um projeto de construção de um futuro feliz e digno para as nossas e as futuras gerações”.
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