A diretoria do Sindicato dos Comerciários participou de três importantes eventos sindicais semana passada em São Paulo (SP): o II Conselho Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), à qual o Sindicato é filiado desde o início da nova gestão; o Simpósio Sindical Internacional e o Ato Mundial Anti-imperialista. Juntos, os encontros reuniram centenas de lideranças sindicais de todo o Brasil e de pelo menos 35 outros países.
Foram dias de intensos debates sobre o mundo do trabalho, a conjuntura nacional e o cenário mundial. A agenda foi aberta na terça-feira (29) com o II Conselho da CTB, que foi encerrado na quinta (1º) com a publicação da resolução política “Democracia e Desenvolvimento com valorização do trabalho”. O documento vai nortear as atividades da Central nos próximos dois anos. “A resolução está em sintonia com o momento político e econômico do país. Mostra os caminhos e traz um plano de lutas para que as entidades sindicais sejam capazes de enfrentar a conjuntura de crise defendendo os empregos e valorizando o trabalho”, explicou o presidente Márcio Ayer.
Unidade classista – A data de encerramento do Conselho coincidiu com a abertura do Simpósio Sindical Internacional, no qual o secretário-geral da Federação Sindical Mundial (FSM), George Mavrikos, conclamou à solidariedade entre os trabalhadores de todo o mundo para fazer frente à profunda crise internacional que ameaça as vidas e os empregos de milhões de pessoas. O presidente da CTB, Adilson Araújo, denunciou as ameaças imperialistas aos povos e também manifestou necessidade de unidade da classe trabalhadora. “Diante deste cenário de crise do capitalismo os trabalhadores e os movimentos sociais cobram uma resposta contundente para promover a ruptura com este sistema perverso”, disse.
No sábado (3), data em que foi comemorado o 70º aniversário da FSM, aconteceu no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, o Ato Mundial Anti-imperialista. O protesto político-cultural reuniu representantes de centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais de todo o mundo. Ao final, foi lida a Carta de São Paulo, manifesto anti-imperialista em defesa das forças democráticas e da autodeterminação dos povos, que coloca o movimento sindical brasileiro na linha de frente da luta mundial dos trabalhadores contra a barbárie capitalista.
Filiação à FSM – O presidente Márcio Ayer aproveitou a oportunidade para anunciar a filiação do Sindicatos dos Comerciários do Rio à Federação Sindical Mundial: “A gente não aceita que o trabalhador pague novamente por uma crise que não é de sua responsabilidade. A FSM promove algo que a gente acredita: a união dos trabalhadores de todo o mundo contra a ofensiva neoliberal. O que é fundamental nesse momento em que a classe trabalhadora é novamente ameaçada por uma crise do capitalismo. Os trabalhadores do comércio do Rio já estavam na luta em defesa da democracia e contra a tentativa de golpe orquestrada no Brasil. A partir de agora se incorporam também à luta anti-imperialista e pela autodeterminação dos povos no mundo”, disse.
Paralelamente, na Avenida Paulista, manifestações em defesa da Petrobras – que também comemorou seu aniversário no sábado (62 anos) – fizeram parte dos atos públicos do Dia Nacional de Luta da Frente Brasil Popular, realizados em mais de 30 cidades do país. Organizada pelas centrais sindicais e movimentos sociais de diversos setores, a Frente Brasil Popular defende a democracia, é contra a tentativa de impeachment e quer o fim das políticas econômicas de ajuste fiscal que penalizam os trabalhadores.
Sobre a FSM – Criada em outubro de 1945, em Paris, com a participação de organizações nacionais de 55 países e 20 organizações internacionais, a Federação Sindical Mundial hoje representa 80 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em 120 países. Sua sede está localizada em Atenas, na Grécia.
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