Pouco a pouco, conforme avançam as investigações, a intervenção judicial vai encontrando fortes indícios do esquema de corrupção que teria dilapidado o patrimônio do SECRJ e jogado no chão toda a credibilidade da instituição. A última edição do Jornal dos Comerciários (clique aqui para ler na íntegra), que chegou da gráfica nesta terça-feira (12) traz algumas das últimas revelações sobre este esquema.
Publicaremos aqui no site do SECRJ e também na página do Sindicato no facebook uma série de matérias especiais sobre os principais desvios identificados. A começar pelo texto que segue abaixo:
Fraudes e “fantasmas” teriam ajudado grupo a se manter no poder
Pente fino no cadastro de associados revela que para cada sócio regularmente inscrito, 2,6 eram irregulares.
Otton Mata Roma era “o capo” do grupo acusado de ter dilapidado o patrimônio do SECRJ. “Herdou” a presidência após a morte do pai Luizant em 2006, e teria como principal tarefa a manutenção do poder político.
Desde os tempos do “chefão” anterior, sempre existiram suspeitas de que o cadastro era utilizado para manipular as eleições e manter o poder político dentro da entidade. Há sinais de que vários tipos de fraude eram utilizados, desde a inclusão de não comerciários até a manutenção de trabalhadores já mortos, fazendo do SECRJ uma verdadeira casa mal assombrada.
Para acabar com a bagunça, a intervenção judicial realizou um recadastramento de todos os sócios do SECRJ. De uma lista de quase 10 mil nomes, apenas 3.200 se enquadravam como sócios ativos, por continuarem empregados no comércio e em dia com as mensalidades do Sindicato. Mas a lista ainda não estava limpa. Uma conferência mais apurada mostrou que para cada sócio regularmente inscrito havia 2,6 irregulares.
Ao final do recadastramento, apenas 1.200 tiveram condições de permanecer associados, com direito de utilizar os serviços e benefícios do SECRJ, além de participar das próximas eleições sindicais. Dentre os que foram excluídos, muitos não tinham qualquer vínculo com a categoria. Outros, apesar de já falecidos, continuavam com as mensalidades em dia. Ou seja, estes “fantasmas” não seriam frutos de “erros do sistema”, mas sim de fraudes grosseiras mesmo.
Com a “limpeza” do cadastro de sócios antigos e o lançamento da campanha permanente de sindicalização (leia mais na página 8), o SECRJ se torna uma entidade a cada dia mais representativa dos interesses da categoria. Um processo que vai se aprofundar com as eleições que, em breve, vão escolher de forma democrática sua próxima diretoria.
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