Comércio carioca vendeu menos 0,8% em fevereiro

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O comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro vendeu menos 0,8% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2014, interrompendo o ciclo de resultados positivos dos últimos seis anos. É o pior resultado para um mês de fevereiro desde 2009 (menos 1,5%). Os dados são da pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), que abrange cerca de 750 estabelecimentos comerciais da Cidade. No acumulado de janeiro/fevereiro de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014 as vendas cresceram 0,8%. Em comparação com o mês anterior (janeiro) o índice foi de menos 11%.

– Normalmente fevereiro é um mês fraco em termos de vendas. É o início das férias, quando muita gente viaja, imprensado entre o Natal e o Carnaval. Além disso, nos dois primeiros meses do ano recaem diversos pagamentos como IPVA, IPTU e matrícula escolar. Mas o resultado negativo acabou refletindo a crise econômica, que vem afetando as atividades produtivas. Apesar de tudo isso o comercio lojista continua fazendo o dever de casa, com promoções e facilidades de pagamento – diz Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio.

A pesquisa mostra também que todos os setores do ramo mole (bens não-duráveis) e do ramo duro (bens duráveis) apresentaram resultados negativos. Os que registraram as maiores quedas no faturamento no ramo mole foram tecidos (- 2%), calçados (-1,5%) e confecções (-1,3%) e no ramo duro (bens duráveis) jóias (-1,7%), óticas (-1,4%), móveis (-0,9%) e eletrodomésticos (-0,6%). A venda à vista com menos 1,5% e as vendas a prazo com menos 0,2% foram as formas de pagamento preferidas pelos consumidores.

Também o faturamento das lojas conforme a localização dos estabelecimentos foram negativos. No ramo mole (não-duráveis) as lojas do Centro venderam menos 4,7%, as da Zona Sul menos 1,2% e as da Zona Norte menos 0,6%. No ramo Duro (bens duráveis) as lojas do Centro, da Zona Sul e da Zona Norte venderam menos 2,6%, 1,5% e 0,2%, respectivamente.

A pesquisa mostra também que a inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro aumentou 1,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2014. As dívidas quitadas, que mostra o número de consumidores que colocaram suas dívidas em dia aumentaram 2,7% e as consultas, item que indica o movimento do comércio, diminuíram 0,3%, também em relação ao mesmo mês de 2014. Em relação ao mês anterior (janeiro) a inadimplência aumentou 15,8% e as consultas e as dívidas quitadas diminuíram, respectivamente, 7,7% e 23,6%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano (janeiro/fevereiro) em relação ao mesmo período do ano anterior, as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas subiram, respectivamente, 0,4%, 0,9% e 2,1%.

Segundo o registro de cadastro da entidade, as consultas ao LIG Cheque em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2014, a inadimplência e as dívidas quitadas cresceram, respectivamente, 1% e 1,4% e as consultas diminuíram 2,4%. Em relação ao mês anterior (janeiro) as consultas, a inadimplência e as dívidas quitadas caíram, respectivamente, 20,3%, 9,4% e 19,5%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano (janeiro/fevereiro) em relação ao período anterior, a inadimplência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 0,9% e 1,5% e as consultas diminuíram 1,8%.

Seis em cada 10 consumidores virtuais já compraram por impulso na internet – Segundo levantamento realizado com internautas de todas as capitais brasileiras pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, seis em cada 10 (58%) consumidores virtuais já realizaram alguma compra online não planejada. Esse comportamento é mais comum entre os consumidores com idade entre 18 e 25 anos (61%), pertencentes às classes A e B (63%) e com pós-graduação (70%).

Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz, José Vignoli, o apelo da propaganda por e-mail, blogs ou redes sociais é o fator preponderante para a grande a maioria das compras realizadas por impulso em sites de e-commerce.

– Uma oferta considerada imperdível, ainda que seja de um produto não necessário, representa uma oportunidade para os consumidores e provavelmente um estratégia eficaz por parte dos varejistas virtuais – explica Vignoli.

As roupas lideram o ranking de produtos que mais seduzem os internautas nas ofertas virtuais. Entre os consumidores virtuais de vestuário, 40% afirmam que o principal motivo para compra foram as “ofertas com preços imperdíveis”. O percentual surge com mais força entre a parcela masculina de entrevistados (46%). Em segundo lugar aparecem os acessórios de moda, como cintos e bolsas, com 32% de citações (38% entre os homens). Outros itens em que as ofertas “imperdíveis” se destacam como principal motivo da compra não-planejada foram os calçados (31%), DVDs e CDs (31%), eletrônicos (30%), cosméticos e perfumes (29%), brinquedos (29%) e comida delivery (28%).

Como no ambiente virtual o consumidor está menos envolvido sensorialmente com os produtos do que em lojas físicas – as quais proporcionam ao comprador a possibilidade de tocar, experimentar e sentir – os e-commerces usam algumas estratégias para seduzir o internauta. A principal delas é o “remarketing”, que nada mais são do que aqueles anúncios personalizados que mostram apenas produtos que realmente interessam ao usuário. O reconhecimento dos assuntos de interesse e gostos dos internautas é feito por meio das configurações do navegador, que indicam que o consumidor já entrou em determinada página e pode, potencialmente, se interessar por uma oferta de produto.

– Sem dúvida que a praticidade, a agilidade e a segurança de se adquirir o produto desejado em apenas um clique contribui consideravelmente para as compras impulsivas em lojas virtuais – comenta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Ela orienta que o internauta deve utilizar a internet ao seu favor, aproveitando a ferramenta para comparar preços e características de produtos em diferentes sites.

Fonte: Monitor Digital
Imagem: Agência Brasil

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