Dói no bolso dos trabalhadores: trens e barcas estão mais caros

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O aumento das passagens de trens e barcas não é exatamente uma novidade. Porém, desta vez o reajuste vai atingir mais duramente o bolso dos trabalhadores. Na Supervia, o aumento será de 25,5%. Já as barcas, terão reajuste de 6,1%. A situação é ainda pior por conta da pandemia, pois muitos trabalhadores perderam renda ou não tiveram aumento em 2020.

“Se pensarmos que 2020 foi um ano de muitas dificuldades para os trabalhadores, com alto desemprego, redução da renda e suspensão de contrato de trabalho, vemos o quanto é absurdo autorizar esses reajustes nas passagens. Por conta da pandemia, diversas categorias nem tiveram o merecido aumento no ano passado. Além disso, muitos trabalhadores arcam do próprio bolso com as passagens, já que alguns patrões não garantem esse benefício. Pior ainda para aqueles que diariamente precisam pegar duas ou três conduções. Vamos procurar medidas judiciais para impedir esse aumento”, critica Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.  

Na Supervia, no dia 2 de fevereiro, o valor da passagem passará de R$ 4,70 para R$ 5,90, um reajuste de 25,5%. Já as Barcas S/A terão suas passagens reajustadas a partir de 12 de fevereiro, quando a tarifa de R$ 6,50 aumentará para R$ 6,90, reajuste de 6,1%. A linha de barcas seletiva Charitas, que atualmente custa R$ 18,20 passará a custar de R$ 19,00.

Enquanto isso, o governo federal reajustou o salário mínimo em 5,26%, passou de R$ 1.045 para R$ 1.100 reais em 2021. Pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do salário mínimo, em novembro de 2020, deveria ser de R$ 5.289,53, para sustentar uma família (dois adultos e duas crianças).

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