Patrões de supermercados oferecem reajuste menor que a inflação

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É assim que os patrões de supermercados e hortifrutis reconhecem o esforço e a dedicação dos trabalhadores durante a pandemia, oferecendo uma proposta de reajuste com perda salarial (menor que a inflação).  O presidente do Sindicato dos Comerciários, Márcio Ayer, já recusou a proposta e convoca os comerciários. “Vamos subir o som, comerciário! Os trabalhadores de supermercados e hortifrutis colocaram suas vidas em risco para manterem as lojas abertas. Agora é a hora do reconhecimento pela dedicação”.

Os patrões querem dar o reajuste da inflação (2,46%) a partir de outubro, mas sem pagar o retroativo (12 de maio – data base). Ao invés disso, eles estão propondo pagar apenas R$ 100 divididos em duas vezes, sendo R$ 50 em outubro agora e R$ 50 em janeiro do ano que vem.

“O Sindicato já rejeitou essa proposta, que é uma afronta a esses trabalhadores que não pararam um momento sequer nesta pandemia. As empresas estão faturando bastante, venderam mais com a corrida aos supermercados no começo da pandemia. Vemos agora um aumento geral dos preços ao consumidor, com isso os patrões tiveram lucros exorbitantes, mas não querem dar sequer a inflação do período, para que os trabalhadores não tenham perdas, isso é um absurdo”, declara Márcio Ayer.

Ao mesmo tempo, o Sindicato já conseguiu um avanço na negociação, que será tornar o vale compras do feriado para ser pago em ticket ou em dinheiro, podendo ser usado pelos trabalhadores em qualquer lugar, independente de qual empresa atua. Essa era uma reivindicação antiga dos trabalhadores, agora finalmente conquistada.

Eu ouvi reajuste?

Na pandemia o setor de supermercados e hortifrutis não parou nenhum dia. Os comerciários estão na linha de frente, com os supermercados cheios e dando lucro. Precisamos trabalhar juntos para garantir o melhor reajuste salarial possível. Mas se liga na visão! O reajuste depende da sua participação, para conseguir é preciso botar pressão pra cima dos patrões! Não aceitaremos uma proposta que traz perdas aos trabalhadores.

Direitos garantidos

Enquanto é negociado o reajuste salarial, o Sindicato também já garantiu a primeira vitória na campanha ao conseguir a manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva. Os patrões queriam aproveitar as dificuldades atuais da pandemia, com a Reforma Trabalhista que veio pra cortar direitos, e tirar ainda mais dos trabalhadores. Nós não aceitamos e conseguimos a manutenção das cláusulas sociais, debatendo agora o reajuste salarial.

Mas as conquistas não param por aqui. Também foi importante a assinatura da Convenção Extraordinária que garante todas as medidas de proteção à saúde, pois a pandemia ainda não acabou.

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