Comerciários versus patrões: jogo continua 0 x 0

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A presidenta Alexsandra Nogueira entre os diretores José Cláudio Oliveira (esquerda) e Jorginho de Paula: “Não vamos ceder direitos do trabalhador”. Imagem: Rafael Rodrigues/ Comerciários

Nas duas mesas de negociação realizadas nesta terça-feira (26/6) com representantes dos donos de supermercados, lojas de shopping e comércio de rua, o Sindicato avisou que os trabalhadores rejeitaram por completo a contraproposta dos patrões. Pois além de ignorar todas as reivindicações feitas pelo Sindicato para valorizar os comerciários, os patrões insistem em conceder aumento de apenas 1,5%.

A resistência dos trabalhadores é ainda maior porque as empresas também querem inserir nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) várias mudanças inspiradas na reforma trabalhista do Temer, incluindo alterações nas jornadas prejudiciais aos trabalhadores. As medidas são consideradas inaceitáveis tanto pela diretoria do Sindicato quanto pelos comerciários, que assim já se manifestaram nas plenárias locais e na Assembleia realizada sábado passado (23/6), em Campo Grande.

“Estamos no zero a zero. Os patrões ignoraram nossas reivindicações, mas também rejeitamos o pacote de maldades que tentam nos empurrar goela abaixo. Não vamos ceder direitos dos trabalhadores. Esse jogo está apenas começando, mas agora eles já sabem que se continuarem com essa tática vai haver uma reação dura da categoria”, avisou a presidenta do Sindicato, Alexsandra Nogueira, que é também empacotadora no Guanabara.

A presidenta Alexsandra e o diretor Antônio Júnior na saída da reunião com o Sindilojas. Imagem: Rafael Rodrigues/ Comerciários

Estado de greve – O aviso dos comerciários foi complementado pelo diretor do Sindicato José Cláudio de Oliveira, que é também açougueiro nos supermercados Unidos: “A pauta que vocês apresentam é de total desalento para os trabalhadores, pois sequer considera as perdas que tivemos para a inflação. Estou percorrendo os supermercados do Rio nas últimas semanas para dar informes sobre o andamento das negociações. Vocês não fazem ideia do calor da discussão quando a gente fala sobre a pauta apresentada pelas empresas. Muitos já falam em declarar estado de greve”.

A reunião no Sindigêneros contou com representantes dos supermercados Mundial, Guanabara, Walmart, Atacadão, Zona Sul, Prezunic, Hortifruti e Carrefour. Pelo lado dos trabalhadores, além de Alexandra e José Cláudio, participou o diretor do Sindicato Jorginho de Paula, que é locutor no Mundial. Já na reunião com o Sindilojas (shoppings e comércio de rua), a representação dos trabalhadores foi reforçada pelo diretor Antônio Júnior, vendedor da grife Blue Man.

A próxima rodada de negociação foi marcada para o dia 5/7 com o Sindilojas e dia 12/7 com o Sindigêneros.

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