Lojistas enrolam e querem tirar direitos dos comerciários

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A presidenta interina do Sindicato, Alexsandra Nogueira (centro), e o secretário-geral Marcelo Black (à direita) durante negociação com representantes dos patrões no Sindilojas. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários

A negociação entre o Sindicato dos Comerciários e os lojistas de shoppings e do comércio de rua, representados pelo Sindilojas e pela Fecomércio, chegou à terceira rodada sem avanços para a assinatura das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) 2018-2019. Em jogada combinada, os patrões insistem em oferecer reajuste de apenas 1,5%, abaixo da inflação, além de não oferecer resposta a nenhuma outra reivindicação dos trabalhadores.  

Parece que ainda estamos na primeira reunião. Precisamos de alguma resposta para apresentar à categoria. Temos realizado plenárias locais com os trabalhadores, que não estão satisfeitos com a demora e cobram do Sindicato a elevação da temperatura da Campanha. A paciência está se esgotando. Não vai restar alternativa para nós a não ser aumentar a pressão da Campanha nas lojas e nas ruas”, avisa a presidenta interina do Sindicato, Alexsandra Nogueira.

O Sindicato cobra equiparação do nosso piso ao valor do piso estadual (R$ 1.237,33), 8% de reajuste nos salários e demais cláusulas econômicas, vale-refeição diário, pagamento de comissão sobre vendas online e outras medidas para valorizar o trabalho dos comerciários.

Jornadas de exploração – Além de não aceitar nenhuma reivindicação dos comerciários, a Fecomércio-RJ força a barra para impor um verdadeiro pacote de maldades aos trabalhadores de mais de dez segmentos do comércio varejista e atacadista. Entre as ruindades, os patrões querem aplicar os contratos de trabalho intermitentes, fim da homologação de demissões, banco de horas com compensação em 12 meses, abertura das lojas nos aeroportos em 25 de dezembro e 1º de janeiro, etc. Pra fechar a tampa do caixão, querem implantar nas joalherias e lojas de material de construção do Rio a desumana “semana espanhola”, com jornadas que seria alternadas semanalmente entre 40 horas e 48 horas de trabalho. O Sindicato já avisou que não aceita mais esse absurdo, que além de tudo é ilegal, pois extrapola o limite de 44 horas semanais de trabalho que vigora a mais de 40 anos na CLT e não foi alterado pela reforma trabalhista.

Diretores do Sindicato ao final da plenária local em Madureira. Imagem: Rafael Rodrigues/ Comerciários
Plenária local dos comerciários me Madureira. Imagem: Rafael Rodrigues/ Comerciários

Mobilização e Assembleia – O Sindicato tem realizado plenárias locais com os comerciários para discutir o andamento da Campanha Salarial, a questão do reajuste e outros direitos dos trabalhadores que estão na mesa de negociação com os patrões. “Juntos, estamos pensando estratégias e soluções para defender nossos direitos e conseguir ir além nas negociações”, explica a presidente interina Alexsandra Nogueira. Já foram realizadas plenárias no Norte Shopping e em Madureira (foto). As próximas serão no refeitório do Sindicato no Rio Sul (20/6, quarta-feira, às 16h) e no Núcleo de Atendimento Sindical (NAS) do BarraShopping (28/6, quinta-feira, às 14h e às 16h30).

Uma grande Assembleia para levar a discussão a toda a categoria será realizada no próximo sábado (23/6) no NAS de Campo Grande (R. Iaçu, 74 – próximo à rodoviária), a partir das 16h.

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