Não à reforma da Previdência

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Artigo do presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, Márcio Ayer – A Reforma da Previdência é inaceitável e desnecessária e pode prejudicar várias gerações de trabalhadores. Só que a cada dia que passa fica mais claro que se trata de mais um golpe para pegar nosso dinheiro e nossos direitos, com a desculpa de “salvar” a Previdência. Deixa eu te explicar.

Inaceitável ao invés de aumentar o tempo de contribuição e tornar a aposentadoria inviável para grande maioria dos trabalhadores, eles poderiam cobrar os R$ 426 bilhões devidos à Previdência pelas maiores empresas públicas e privadas do país.  

Desnecessária porque a situação da Previdência não é esse bicho feio que o governo e a imprensa pintam. A reforma seria apenas para puxar o saco do mercado financeiro. O papo dos golpistas, patrões e banqueiros está cheio de meias-verdades e mentiras-completas, feitas sob medida para colocar medo nos trabalhadores.

Cofre cheio – A explicação é cheia de números e siglas, mas não é difícil de entender. O dinheiro que entra na Previdência vem das contribuições de patrões (20% da folha de pagamento) e trabalhadores (até 11% do salário). Essa grana cai no caixa geral da Seguridade Social, que reúne Previdência, Saúde e Assistência Social e é reforçada com a arrecadação de contribuições(Cofins, CSLL e outros) e loterias. Com tudo somado, a Seguridade teve “lucro” de R$ 11 bilhões em cada um dos últimos dois anos.

Também não dizem que a Desvinculação das Receitas da União (DRU) permite que o governo, todos os anos, desvie 30% de todo o dinheiro no caixa da Seguridade para pagar outros gastos. No ano passado foram mais de R$ 60 bilhões  Com esse truque, onde sobrava dinheiro, aparece o tal rombo. Por fim, o governo mente quando diz que a Previdência representa o maior gasto público do Estado. Na verdade, o maior desembolso é para o pagamento de juros da dívida pública, que é o valor devido pelo governo aos bancos. Esse pagamento consome 47% do orçamento da União, o que dá mais de R$ 1 trilhão ao ano.

Jogo de vida ou morte – Ainda tem gente confusa. A maioria não sabe o que realmente está acontecendo por que a grande imprensa só atrapalha, porque só mostra o ponto de vista dos banqueiros e outros ricos. Por isso, também não pode haver dúvidas sobre a importância que os sindicatos têm de de mostrar aos trabalhadores que estamos num jogo de vida ou morte em torno de direitos duramente conquistados ao longo de séculos. É preciso lutar agora, para não perder seus direitos para sempre! Todos às ruas em 28 de abril.

GRANDE ATO CONTRA AS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA
28/4 (6ª feira) | 17H | Cinelândia

Concentração dos Comerciários às 13h, no Sindicato (R. André Cavalcanti, 33 – Lapa)

 

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