Patrões aceitam dar ganho real no salário

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Os patrões sentiram nossa pressão e sinalizaram dar aumento de 10%, que significa ganho real, mas condicionaram esse avanço à renovação do Banco de Horas e do trabalho aos domingos e feriados por dois anos! Não aceitamos, pois a proposta pode prejudicar a luta por melhores condições no ano que vem. Aceitaríamos se fosse de um ano apenas. No caso do SindiGêneros, representantes dos donos de supermercados, a rejeição foi porque eles propuseram um aumento no piso abaixo do mínimo que exigimos.

Os patrões pediram mais alguns dias para atender nossas condições. A greve que teria início na madrugada dessa quinta-feira (30) foi suspensa, mas o estado de greve continua e nossas mobilizações e paralisações pontuais serão redobradas. É mais pressão neles. Avançamos muito e a vitória virá com a participação das trabalhadores e trabalhadores.

Nova assembleia será realizada na quarta-feira (6/7) da semana que vem, às 19h, para avaliar os resultados e discutir os rumos do movimento.

“Os patrões não queriam dar aumento, mas não demos confiança e fizemos muito barulho. Tentaram nos empurrar 8%, menos do que a inflação, o que também não aceitamos. Percorremos o comércio e levamos a Campanha à TV, rádios, ruas e redes sociais, alcançando centenas de milhares de trabalhadores. Deu certo! Com nossa pressão, o patrão começou a abrir a mão. Na Assembleia de 2 de junho aprovamos um indicativo de greve. No mesmo dia, os patrões subiram a proposta de reajuste para 8,5%. Exigimos outra proposta até dia 20 e aí subiram para 9,83%, igualando a inflação. Com nossa ameaça de greve e a pressão diária do Sindicato nas lojas e supermercados, decidiram aceitar o reajuste acima da inflação. Agora, nossa resposta será com mais mobilização. Os comerciários já perceberam que patrão só abre a mão na base da pressão”, dispara Márcio.

Nova Assembleia será realizada na quarta-feira (6/7) da semana que vem, às 19h, para avaliar os resultados e discutir os rumos do movimento.

Outros pontos:

Pisos – Nosso Sindicato priorizou as comerciárias e comerciários mais humildes e, com isso, a proposta dos patrões para a faixas de piso mais baixa chegou a 12,95%.

Comissionistas – Os patrões começaram com mão de vaca, sem reajuste para a garantia do comissionista. Só que sentiram a pressão e cederam aumento de até 12,99%.

Alimentação – Não vão matar a gente de fome! Forçamos os patrões a aumentar em 63% o lanche dos sábados, domingos e feriados, chegando a R$ 18.

Auxílio-creche – Gritamos no ouvido do patrão que nossas famílias merecem respeito e o SindiLojas também teve que ceder no auxílio creche, que foi estendido aos pais (antes só as mães recebiam) e chegou a até R$ 200.

A principal conquista – “Há mais de 50 anos a gente não falava de igual pra igual com os patrões. Agora temos um Sindicato que atua de verdade em defesa dos nossos interesses e pela retomada do orgulho de ser comerciário. Já conseguimos proteger nossas famílias da inflação, mas ainda temos muitas outras lutas pela frente. Para que elas se tornem conquistas, temos que fortalecer nosso Sindicato, com mais sócios e mais participação nas assembleias”, reforça Márcio Ayer.

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