Trabalhadores do Ponto Frio e Casas Bahia ameaçam parar

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Imagem: Jessé Andarilho/ Comerciários
Imagem: Jessé Andarilho/ Comerciários

As funcionárias e funcionários da Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, já estavam há meses irritados com a empresa por conta de mudanças (para pior) em seus benefícios. O plano de saúde, a cesta básica e o tíquete refeição perderam em qualidade e valores. A irritação cresceu porque a empresa nunca aceitou discutir essas mudanças, mas a coisa ficou feia mesmo nos últimos dois meses, quando a maioria dos contracheques veio zerada. A Via Varejo alega problemas com a empresa recém contratada para fazer a gestão de seus recursos humanos. Mas a paciência dos funcionários, assim como os contracheques, zerou.

Nessa segunda-feira (25), o Sindicato dos Comerciários do Rio realizou uma grande assembleia com funcionários de ambas as marcas da Via Varejo, na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, Zona Norte da cidade. Os quase 100 trabalhadores presentes construíram e aprovaram uma pauta de reivindicações, que será entregue à empresa pelo Sindicato no final da manhã desta terça-feira (26), em reunião marcada na sede da entidade.

Os trabalhadores exigem: esclarecimento sobre os problemas nos contracheques; devolução de todos os descontos irregulares; reajuste da cesta básica para R$ 200 (contra os atuais R$ 90, dos quais ainda são descontados em R$ 18); concessão de tíquete refeição de R$ 400 mensais (contra os atuais R$ 4,50/ dia); melhorias no plano de saúde e garantias para os montadores de móveis das empresas. Os trabalhadores falam até em iniciar uma inédita paralisação das atividades caso os pedidos não sejam atendidos.

Estado de greve – Em assembleia histórica realizada na subsede do Sindicato em Campo Grande, na semana passada, os montadores, ajudantes e técnicos já haviam aprovado por unanimidade o estado de greve. Além da retirada de direitos e benefícios, esses profissionais estão ameaçados de demissão pelos planos da empresa para terceirizar os serviços de montagem, o que já vem ocorrendo em outros estados do país. Além da manutenção do emprego, a principal preocupação dos montadores é com a redução dos valores pagos para montagem das mercadorias, que em alguns casos chegou a 60%.

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