Patrão só abre a mão na base da pressão!

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Queda_de_Braco_Baixa

Na Campanha Salarial 2016 dos Comerciários, a primeira em 50 anos, vamos lutar para arrancar um bom aumento de salário e mais direitos para a categoria.

Quem rala no comércio sabe. A gente ganha pouco e trabalha muito, inclusive nos finais de semana e feriados. A maioria não recebe vale refeição nem tem direito a plano de saúde. Fora isso, os bancos de horas, o assédio moral e uma série de opressões e outras situações de grave desrespeito aos direitos trabalhistas acabaram, ao longo das décadas, jogando o comerciário no maior sufoco. Ninguém aguenta mais essa corda do pescoço nem a falta de reconhecimento pelo nosso suor. Chegou a hora da mudança!

Vem aí a Campanha Salarial 2016, momento de luta organizada dos trabalhadores para negociar com os patrões e ter suas necessidades atendidas. O primeiro passo será a criação da pauta de reivindicações, que deverá ser aprovada pelos trabalhadores em assembleia antes de ser apresentada, pelo Sindicato, nas negociações com as entidades patronais.

A pauta ainda será discutida e aperfeiçoada na assembleia, mas já sabemos bem o que queremos:

  • Aumento de salário;
  • Aumento do piso;
  • Fim do banco de horas;
  • Auxílio alimentação;
  • Auxílio creche;
  • Plano de saúde e seguro de vida;
  • Garantia de emprego nos 24 meses anteriores à aposentadoria;
  • Benefícios integrais aos empregados menores de idade;
  • Garantia de emprego às gestantes nos seis meses após a licença maternidade.

Passo a passo

  • Lançamento do edital de convocação da assembleia;
  • Assembleia geral dos trabalhadores;
  • Envio da carta de reivindicações aos patrões (início da negociação);
  • Pressão em cima deles, com manifestações na capital, em Paty do Alferes e Miguel Pereira, cidades onde nosso Sindicato tem representação;
  • 12 de maio: Data base.

Fale a língua das campanhas salariais

  • Sindicato – Entidade criada para defender os interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos de uma determinada categoria de trabalhadores. É responsável pela organização de manifestações, negociações e campanhas para melhorar os salários e as condições de vida e trabalho da categoria. Só não adianta pensar que o Sindicato vai fazer tudo sozinho por você, como se fosse um prestador de serviços. O Sindicato está aí para organizar as lutas, mas nada vai mudar de lugar sem o envolvimento dos trabalhadores. Sem você, pouco acontece.
  • Acordo coletivo – Firmado diretamente entre o sindicato dos trabalhadores e um ou mais empregadores, o acordo coletivo estabelece as regras e condições de trabalho aplicáveis aos funcionários das empresas que o assinam.
  • Convenção coletiva – Assinada entre o sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal, estabelece as regras e condições de trabalho para toda a categoria.
  • Data base – É o período do ano em que trabalhadores e patrões se reúnem para bater o martelo dos acordos ou convenções coletivas de trabalho. A maioria dos comerciários do Rio, Miguel Pereira e Paty do Alferes tem a data em maio. Os trabalhadores no comércio atacadista de material de construção são a exceção. Para eles a data base é em setembro.
  • Ganho real – Na Era Mata Roma, nossos acordos só repunham as perdas com a inflação. Ficávamos no zero a zero. Ganho real é a reposição da inflação + aumento de salário. Exemplo: se o reajuste for de 10% e a inflação nos últimos 12 meses tiver sido de 8%, o ganho real será de 2%.
  • Dissídio – Acontece caso o período de negociação chegue ao fim sem que trabalhadores e patrões cheguem a um acordo sobre o reajuste salarial ou outras reivindicações, a discussão será encaminhada à Justiça do Trabalho, que ficará encarregada de dar a decisão final.

Para sermos capazes de enfrentar os patrões e alcançar resultados melhores nas campanhas salariais é preciso construir um Sindicato forte, com grande envolvimento da categoria. Venha fazer parte da mudança. Sindicalize-se!

Sim, nós podemos e #MerecemosMais! Vem pra luta!

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