As principais centrais sindicais brasileiras realizaram nesta quarta-feira manifestações conjuntas contra a decisão do Governo Federal de alterar conquistas trabalhistas por meios das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665. No Rio o ato foi realizado na Central do Brasil.
Caso sejam aprovadas pelo Congresso, as MPs tornarão mais difícil o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep), auxílio-doença, pensões, seguro-defeso e auxílio reclusão. O objetivo das MPs é promover o ajuste das contas governamentais para gerar superávit primário – a economia que o Estado faz para pagar os juros da dívida pública. Mas as centrais sindicais não aceitam que a conta seja paga, mais uma vez, pela classe trabalhadora.
As centrais criticam ainda o fato das medidas terem sido anunciadas sem consulta ou discussão com o movimento sindical, prejudicando, principalmente, a população de baixa renda. Ao dificultar o acesso ao seguro-desemprego, por exemplo, com a exigência de 18 meses de trabalho nos 24 meses anteriores à demissão, dizem as centrais que a medida vai “impedir o acesso dos empregados jovens ao benefício, pois se convive num país cuja rotatividade da mão de obra é intensa”.
Imagem: Rafael Rodrigues/ SECRJ
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