O Sindicato participou, nesta terça (03), de reunião com os representantes do Sindilojas que novamente fizeram pouco caso das reivindicações da categoria e mantiveram a postura de não avançar nas negociações.
Diante do desdém com as demandas da categoria, o Sindicato decidiu por convocar os trabalhadores e trabalhadoras para assembleia para debater o estado de greve, a partir da próxima terça-feira, 10/08.
“É um absurdo que os patrões se recusem a tratar nossos direitos com o devido respeito. Em 2024, os números mostram que as vendas do setor têm crescido. Por isso, não é justo que não avancemos nas propostas de reajuste que darão dignidade aos trabalhadores. Já fechamos acordos com a Fecomércio e demais segmentos, mas o Sindilojas insiste em não dar o aumento, pelo contrário, eles querem tirar direitos já conquistados, precarizando ainda mais o trabalho e a vida do trabalhador.” , destacou Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
Desde as primeiras reuniões, os patrões do Sindilojas ignoram as reivindicações apresentadas pelo Sindicato e não apresentam nenhuma contraproposta digna para a categoria.
O Sindicato pede o aumento salarial reajustado pelo INPC + 3% de ganho real, além dos avanços nas cláusulas sociais e a manutenção de direitos garantidos com muita luta.
Nas reuniões que seguiram, os patrões apresentaram suas propostas para os trabalhadores do segmento, para a perplexidade da Mesa, o oferecido foi:
Zero porcento de reajuste;
Aumentar a jornada para 8 horas no feriado (atualmente são 6 horas);
Abertura na terça-feira de carnaval;
Mudança do Dia do Comerciário em outubro;
Aumentar a compensação de folga para 90 dias;
Abertura das lojas no dia 1º de janeiro.
“Convocamos os trabalhadores a participarem da assembleia para decidirmos o Estado de Greve e essa será nossa posição diante deles, que querem muito e não dão nada. E para fechar, um recado: nossa convenção coletiva, que regulamenta os feriados, vence em 30 de setembro e se não houver um acordo, o comércio do Rio não irá funcionar no feriado do dia 12 de outubro. “, finalizou Márcio Ayer.
O Sindicato não concordou e não concorda com a retirada de direitos e a oferta de reajuste zero para a categoria. A assembleia, publicada nas redes sociais da entidade na noite de terça-feira (3), já conta com forte apoio da categoria e promete lotar a sede do Sindicato. O encontro será decisivo.
A assembleia acontece na próxima terça-feira (10), às 18h, na rua André Cavalcanti, 33/2º andar – Lapa.
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