Na manhã desta quarta-feira (17), o Sindicato esteve presente no supermercado Multi Preços, ex-MultiMarket, na rua Senador Pompeu, centro do Rio, para acompanhar de perto mais um episódio vergonhoso contra os trabalhadores. A empresa encerrou suas atividades deixando dois meses de salários atrasados e sem pagar as verbas rescisórias devidas.
A empresa, que meses atrás havia demitido seus empregados por justa causa, simplesmente porque cobravam salários atrasados, agora fecha as portas devendo dois meses de pagamento. E não para por aí: chamou os trabalhadores para uma reunião — sem sequer comunicar o Sindicato — para forçá-los a assinar suas rescisões. O detalhe mais revoltante: querem parcelar os direitos sem informar qualquer prazo concreto de pagamento.
“Estivemos na loja para dar todo o suporte jurídico e humano aos trabalhadores, porque ninguém pode ser tratado com tamanho desprezo. Vamos cobrar da empresa até cada direito ser respeitado. Os trabalhadores podem vir ao Sindicato, onde vamos fazer os cálculos de todas as rescisões. O Sindicato não vai descansar enquanto houver dívidas abertas”, declara Paulo Henrique, diretor jurídico do Sindicato dos Comerciários.
Os funcionários saíram apenas com o Termo de Rescisão, documento necessário para sacar FGTS e seguro-desemprego, mas ficaram sem receber o que é deles por direito. É a velha tática patronal do calote disfarçado de burocracia.
O Sindicato esteve na loja para colocar as devidas ressalvas, apoiar os trabalhadores e denunciar publicamente mais uma demonstração de descaso. O Sindicato tentou contato com o departamento jurídico da rede para cobrar explicações, mas, como de costume, não obteve retorno. É a prova clara de que o Multi Preços não respeita seus empregados, não respeita a lei e não respeita a sociedade.
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