Conferência de Mulheres debate impactos da escala 6×1 na vida das trabalhadoras

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O Sindicato dos Comerciários do Rio promoveu, nesta segunda-feira (14), a Conferência Livre de Mulheres do Coletivo Margaridas, um encontro que reuniu lideranças, militantes e trabalhadoras para debater um tema urgente: o impacto da escala 6×1 na vida das mulheres que sustentam o comércio com seu trabalho cotidiano.

conferência

Com o auditório ocupado por falas potentes, o encontro reuniu nomes importantes da luta das mulheres no estado. A mesa foi composta por Rosangela Rocha, coordenadora do Coletivo Margaridas e diretora da Mulher Trabalhadora do SECRJ, Helena Piragibe, da direção nacional e estadual da União Brasileira de Mulheres (UBM), e Tayna Paolino, cientista política e assessora parlamentar.

A escala 6×1, que obriga trabalhadores a atuarem seis dias da semana com apenas um de descanso, foi o ponto de partida para discutir a sobrecarga histórica enfrentada pelas mulheres. A ausência de tempo para o lazer, para a convivência com os filhos, ou até mesmo para participar de momentos importantes da vida familiar — como o Dia das Mães — foi retratada com emoção pelas participantes.

A deputada estadual e presidente da Comissão de Trabalho da Alerj, Dani Balbi, presente no encontro, reforçou sobre a hiper exploração das mulheres no comércio, agravada pela escala 6×1. Ela lembrou que, além da jornada laboral, muitas seguem sobrecarregadas com o trabalho doméstico, invisível e não remunerado. “A escala 6×1 nos afeta muito mais, porque além de cumprir essa escala degradante, no pouco tempo livre ainda precisamos dar conta de uma série de tarefas que são essenciais para a manutenção da vida — dos filhos, dos mais velhos, da casa”, explicou.

A parlamentar defendeu que o enfrentamento dessa realidade exige mais do que indignação individual: “É urgente ocuparmos as ruas, pressionarmos o Congresso e elaborarmos propostas que expressem as nossas necessidades.”

Durante o debate, foi reafirmada a necessidade de eleger representantes comprometidos com as pautas populares, fortalecer a participação social e ampliar o espaço das mulheres nos processos de decisão. “Lutar pela democracia é lutar por todas as mulheres. Pela vida delas, pelos filhos, pelos netos e por quem ainda está por vir. É lutar por um Brasil que agrega”, defendeu Rosangela Rocha, do Coletivo Margaridas.

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