Não surpreende a escassez de mão de obra no setor de supermercados! Em nova reunião, nesta quinta, dia 29, com o segmento de gêneros alimentícios, os patrões apresentaram uma baixa proposta de reajuste, ainda muito distante da realidade merecida de quem rala seis vezes na semana, com apenas uma folga.
A proposta de aumento no piso salarial que eles apresentaram agora é de 5,35%, o que cobre apenas a inflação, que ficou em 5,32%.
“Houve um pequeno avanço, essa é uma proposta que cobre a inflação do período, mas o ganho real para estes trabalhadores é fundamental e não vamos recuar. Esse é um segmento que tem acumulado ganhos, com novos mercados abrindo, refletindo o bom momento da economia brasileira. Os trabalhadores merecem mais!”, declara Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
Houve, porém, um avanço na negociação: a idade mínima para levar os filhos ao médico ainda passará de oito para 10 anos.
Mesmo com milhares de vagas em aberto, oito das dez funções principais do setor enfrentam falta de mão de obra, ou seja, 70% da força de trabalho necessária não consegue ser preenchida (CNC).
A escassez de mão de obra fez os patrões recorrerem a uma parceria com o Exército Brasileiro, na tentativa de atrair os reservistas. O motivo é fácil de entender: queremos ser valorizados pelo nosso trabalho, voltar para a casa com o orgulho da labuta honesta, ter nossos direitos respeitados e receber um salário digno.
A nova reunião ficou marcada para o dia 17 de junho.
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